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EXCLUSIVO: CEO da Johnson & Johnson fala sobre avanço de tratamentos contra câncer e diz por que a empresa deve escapar da nova tarifa de Trump
Publicado 26/09/2025 • 21:49 | Atualizado há 4 horas
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Publicado 26/09/2025 • 21:49 | Atualizado há 4 horas
KEY POINTS
A decisão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de impor uma tarifa de 100% sobre medicamentos de marca e patenteados produzidos no exterior foi recebida sem apreensão pela Johnson & Johnson. Em entrevista exclusiva à CNBC, o CEO da companhia, Joaquin Duato, disse que o plano de investimento da farmacêutica nos EUA garante proteção contra a medida, que passa a valer em 1º de outubro de 2025.
“Anunciamos que vamos investir US$ 55 bilhões nos EUA nos próximos quatro anos, o que representa 25% a mais do que investimos nos quatro anos anteriores”, declarou Duato. Segundo ele, a decisão foi viabilizada pelas reformas tributárias de Trump em 2017: “Foi fundamental. Nós nos alinhamos com a administração de que precisamos trazer mais empregos de manufatura avançada para os EUA.”
O executivo ressaltou o vínculo histórico da companhia com o país. “Somos uma empresa icônica americana. Quando dirijo até o trabalho todos os dias, é em New Brunswick, em Nova Jersey. Estamos lá há 140 anos. A Johnson & Johnson nunca saiu”, afirmou.
O plano de US$ 55 bilhões envolve a construção de quatro novas fábricas, incluindo uma de biológicos na Carolina do Norte, já em andamento. Segundo Duato, o objetivo é ampliar a produção doméstica de medicamentos avançados e criar empregos de classe média em áreas como robótica, terapia celular e biológicos.
O executivo citou Warren Buffett para reforçar sua confiança no mercado americano: “Sou da escola de Warren Buffett quando ele diz: nunca aposte contra os Estados Unidos.”
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O anúncio de Trump inclui a sobretaxa de 100% para medicamentos de marca e patenteados produzidos no exterior, além de 50% sobre móveis e 25% sobre caminhões pesados. O presidente afirmou que não haverá cobrança para empresas que já estejam construindo fábricas no país. “Não haverá tarifa se a construção já tiver começado”, escreveu em sua rede social, Truth Social.
Na entrevista, Duato mostrou entusiasmo particular com as pesquisas em oncologia. Ele destacou que a Johnson & Johnson aposta em três frentes principais, todas com resultados considerados promissores:
Para Duato, esses avanços demonstram como a combinação entre biologia, química e inteligência artificial está abrindo caminhos para curas de doenças antes vistas como intratáveis. “A próxima década trará mais progressos para a saúde humana do que o último século inteiro”, projetou.mbinação entre medicamentos e dispositivos médicos é um diferencial competitivo da J&J.
Duato também comentou os investimentos no setor de equipamentos cardiovasculares, após aquisições como a da Abiomed. “O que eles fazem são bombas cardíacas que assumem o trabalho de bombear sangue durante um ataque cardíaco. Dados publicados no New England Journal of Medicine mostram que pacientes com choque cardiogênico viveram, em média, 600 dias a mais ao longo de dez anos graças a essa tecnologia.”
Questionado sobre litígios envolvendo o talco da empresa, Duato foi categórico: “Não pagamos um único centavo desde que voltamos ao sistema de litígios. Vencemos 16 de 17 casos nos últimos 11 anos e acreditamos que a audiência de Daubert vai expor a ciência de má qualidade usada contra nós.”
O executivo encerrou a entrevista em tom otimista: “Já passamos por altos e baixos ao longo dos nossos 140 anos de história. Sou um otimista. Acredito na força da indústria de ciências da vida neste país. Continuaremos líderes, como já somos hoje, os líderes incontestáveis em inovação em saúde.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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