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Petrolíferas dos EUA cortam milhares de empregos com queda nos preços, aumento de tarifas e fusões
Publicado 01/10/2025 • 08:30 | Atualizado há 4 horas
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KEY POINTS
Montagem
Exxon e Chevron
Empresas de petróleo dos Estados Unidos estão eliminando milhares de postos de trabalho em meio à queda do preço do barril, ao impacto de tarifas mais altas e a uma onda de fusões no setor.
O presidente Donald Trump havia prometido prosperidade ao setor de óleo e gás ao assumir o cargo em janeiro, mas, na prática, a indústria já perdeu 4 mil empregos até agosto, segundo dados do Bureau of Labor Statistics.
As demissões acompanham uma queda de 13% no preço do petróleo bruto americano neste ano, puxada pelo aumento acelerado da oferta de países da OPEP+.
Nesta terça-feira (30), o barril do West Texas Intermediate (WTI) era negociado abaixo de US$ 63 (cerca de R$ 334), valor insuficiente para que muitos produtores de xisto do Texas mantenham a rentabilidade na abertura de novos poços.
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As três maiores petrolíferas dos Estados Unidos — Exxon Mobil, Chevron e ConocoPhillips — já anunciaram cortes de vagas em 2025, após grandes aquisições nos últimos dois anos, durante o processo de consolidação do setor.
A Exxon vai eliminar 2 mil vagas como parte de seu plano de reestruturação, informou um porta-voz nesta terça-feira. A Chevron anunciou em fevereiro que cortaria até 20% de seus funcionários até 2026. Já a Conoco disse, no início do mês, que pretende enxugar até 25% do seu quadro de funcionários.
No setor de energia como um todo, já foram cortadas 9 mil vagas até agosto deste ano — um aumento de cerca de 30% nas demissões em relação ao mesmo período de 2024, segundo dados da Challenger, Gray and Christmas.
As contratações praticamente pararam em 2025. As empresas do setor planejam preencher cerca de mil vagas, uma queda de 90% em relação a mais de 12 mil oportunidades abertas no mesmo período de 2024, de acordo com a Challenger.
Setor de xisto sob pressão
Executivos do setor de petróleo de xisto criticam a pressão do governo Trump para baixar o preço do petróleo, ao mesmo tempo em que os custos aumentam por causa das tarifas sobre o aço. O alerta é de que isso vai resultar em mais demissões.
“O governo está forçando o preço do barril para US$ 40 (R$ 213), e com as tarifas sobre tubos importados, os custos subiram e a perfuração vai sumir”, disse um executivo, de forma anônima, em pesquisa trimestral do Federal Reserve Bank de Dallas.
“A indústria do petróleo vai, mais uma vez, perder profissionais valiosos”, completou o executivo.
Outro executivo afirmou que o governo está alinhado com a política da OPEP+ em detrimento dos produtores americanos.
“Ao invés de apoiar a produção nacional, eles basicamente se alinharam à OPEP, usando estratégias de oferta para empurrar o preço abaixo do que é viável, passando a perna nos produtores dos EUA”, disse o executivo ao Fed de Dallas.
Esse mesmo executivo comentou que as grandes empresas estão tirando do mercado os “empreendedores que antes eram a alma da revolução do xisto”, à medida que o setor se consolida.
Recentemente, a Exxon comprou a Pioneer Natural Resources por US$ 60 bilhões (R$ 318,8 bilhões), a Chevron adquiriu a Hess por US$ 53 bilhões (R$ 281,6 bilhões) e a Conoco levou a Marathon Oil por US$ 17 bilhões (R$ 90,3 bilhões).
“No lugar deles, agora só restaram alguns gigantes, mas à custa de uma enorme perda de empregos e do fim da cultura inovadora e ousada que fez o setor de xisto americano ser o que era”, afirmou.
Um porta-voz da Casa Branca disse que Trump está “revogando regulações que estavam sufocando o setor“, atribuindo aos esforços do presidente a produção recorde registrada em junho. O secretário de Energia, Chris Wright, também defende que o governo está tornando o processo de perfuração mais barato ao cortar burocracia.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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