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Donald Trump
RS/via Fotos Publicas
O presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, declarou nesta sexta-feira (20) que exigiu da União Europeia medidas para reduzir seu déficit comercial com os EUA, propondo a compra de petróleo e gás norte-americanos como alternativa para evitar a aplicação de tarifas.
“Eu disse à União Europeia que eles devem compensar seu tremendo déficit com os Estados Unidos por meio da compra em larga escala de nosso petróleo e gás. Caso contrário, tarifas até o fim”, publicou Trump em sua plataforma Truth Social durante a madrugada.
De acordo com dados dos EUA, o déficit comercial de bens e serviços do país com a União Europeia foi de US$ 131,3 bilhões em 2022.
Um diplomata sênior da UE, que preferiu não ser identificado devido à sensibilidade do tema, disse à CNBC que não ficou surpreso com o comentário de Trump na sexta-feira e que a energia seria uma “boa opção” para aumentar as compras de produtos norte-americanos.
Outro representante da UE, também sob anonimato, afirmou que o chanceler alemão Olaf Scholz conversou com Trump na noite de quinta-feira (19).
O comentário de Trump veio após os chefes de Estado da UE realizarem sua última reunião do ano na quinta-feira, onde o tema das relações entre Europa e EUA foi discutido.
“A mensagem é clara: a União Europeia está comprometida em continuar trabalhando com os Estados Unidos, de forma pragmática, para fortalecer os laços transatlânticos”, afirmou o presidente do Conselho Europeu, António Costa, após a reunião.
Trump fez das ameaças de tarifas amplas contra parceiros comerciais dos EUA, como China, México e Canadá, uma marca registrada de sua campanha presidencial. Ele mantém essa narrativa enquanto se prepara para assumir o cargo, mesmo diante de alertas de economistas sobre os riscos para a inflação doméstica.
Analistas apontam grande incerteza sobre até que ponto Trump estará disposto — ou será capaz — de implementar essas tarifas e quanto de sua retórica é apenas um ponto de partida para negociações.
Enrico Letta, ex-primeiro-ministro da Itália e reitor da IE School of Politics, Economics and Global Affairs, disse à CNBC que a UE precisa estar preparada para retaliar à ameaça de Trump.
“Acredito que seja uma abordagem transacional, e precisamos responder a essa abordagem transacional. [Trump] mistura energia com tarifas sobre bens, manufaturas e outros itens. Acho que isso está errado porque os dois temas são completamente diferentes”, disse Letta.
“Se o acordo proposto por Trump for tão assimétrico em temas que não estão relacionados, acredito que precisamos fazer o mesmo.”
“Considerando que a parte mais assimétrica está na relação financeira, talvez responder no campo financeiro possa ser uma solução”, completou.
Os Estados Unidos são o principal destino das exportações da União Europeia, concentrando quase um quinto do total. O maior déficit comercial dos EUA com o bloco está no setor de máquinas e veículos, com um saldo negativo de 102 bilhões de euros (US$ 106 bilhões) em 2023. Em contrapartida, no setor de energia, os EUA registraram um superávit comercial de 70 bilhões de euros.
Líder mundial na produção de petróleo, os Estados Unidos responderam por 22% da oferta global em 2023, segundo a Administração de Informação de Energia dos EUA, que projeta um volume recorde de produção de petróleo bruto em 2024. Sob uma administração mais desregulamentada com Trump, os produtores esperam alcançar níveis ainda maiores de oferta.
A União Europeia já sinalizou intenção de ampliar suas compras de energia dos EUA nos próximos anos. No mês passado, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, destacou que substituir as importações de gás natural liquefeito (GNL) da Rússia por volumes norte-americanos seria uma alternativa mais econômica e afirmou que o bloco pretende negociar o tema quando Trump assumir a presidência em 2025.
Antes das eleições presidenciais norte-americanas em novembro, autoridades da UE passaram meses se preparando para um possível aumento no protecionismo dos EUA e uma relação mais confrontacional com a Casa Branca, caso Trump vencesse. O bloco também intensificou suas relações com o Reino Unido, que deixou a UE em 2020, como forma de se precaver contra potenciais conflitos comerciais e de defesa.
Na manhã de sexta-feira, os mercados acionários europeus registraram quedas acentuadas, enquanto o euro avançou 0,2% em relação ao dólar, cotado a US$ 1,038.
A CNBC procurou a Comissão Europeia para comentar as declarações de Trump.
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