Como Julia Roberts aprendeu a lidar com críticas à carreira: ‘Eu tinha muitas coisas que precisava superar por mim mesma’

Julia Roberts pode ser uma atriz vencedora do Oscar (Academy Award-winning), mas no início de sua carreira, ela lutou para superar críticas duras. “Acho que não comecei minha carreira com muita confiança”, disse Roberts à People Magazine em uma entrevista recente.

Roberts, que se destacou como atriz com filmes como “Flores de Aço” (Steel Magnolias) e “Uma Linda Mulher” (Pretty Woman), disse que no início de seus 20 e poucos anos encontrou “algumas pessoas críticas que eram realmente cruéis”.

“Ser insegura pode ser paralisante (crippling). Então, se alguém me envergonhava, isso me parava”, ela recorda. “Eu ficava apoplética, então [tive que] aprender a lidar com isso — porque esta não é uma indústria para se estar se você não consegue aceitar críticas ou aspereza ou ser envergonhada.”

Em vez de desanimar, Roberts escolheu ver essas situações como um “desafio interessante para eu decidir o tipo de pessoa que eu queria me esforçar para ser”, ela disse à People.

Ela descreve sua experiência como jovem atriz como “mais solavancos (bumps) do que navegação tranquila (smooth sailing)”, mas hoje, ela vê seus obstáculos (hurdles) passados como oportunidades de crescimento.

“Eu pensava: ‘Ok, há uma razão pela qual tem que ser tão difícil.’ Agora eu vejo isso como algumas das lições pelas quais sou mais grata, porque elas provaram minha resistência para mim mesma”, ela disse.

“Eu tinha muitas coisas que precisava superar por mim mesma”, continuou Roberts.

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Lidando com críticas no local de trabalho

Construir resiliência é “particularmente importante para mulheres jovens que estão começando suas carreiras”, independentemente do setor, de acordo com a coach de carreira e liderança Phoebe Gavin.

“Recebemos muito condicionamento cultural que nos torna muito críticos de nós mesmos e muito preocupados em sermos observados e julgados”, diz Gavin. “Todas essas coisas podem despertar muita insegurança quando entramos no local de trabalho.”

Não importa o quão autoconfiante você seja, críticas duras podem parecer esmagadoras (crushing), ela diz. Se feedback abrasivo está cobrando um preço (taking a toll) na sua confiança, a coisa mais crucial a lembrar é “colocar distância entre você e a crítica”, diz Gavin.

“Quando você ouve pessoas dizerem coisas críticas ou coisas ruins ou coisas cruéis, lembre-se de que é sobre elas, que isso é um reflexo de quem elas são. Não é necessariamente um reflexo de quem você é”, ela diz.

Em vez de internalizar as palavras desagradáveis dos outros, “pense em voz alta em sua própria mente sobre as coisas que a tornam valiosa e o que você está trazendo para a mesa”, diz Gavin. Pode haver um “núcleo de verdade” (kernel of truth) dentro de algumas críticas, de acordo com Gavin: “Às vezes, feedback útil pode vir em uma embalagem muito feia”, ela diz.

Se for esse o caso, Gavin recomenda reservar um tempo para refletir sobre suas ações e o que você poderia mudar no futuro.

“Em vez de internalizar isso como algo que é permanentemente verdadeiro sobre você para sempre, encontre os lugares onde você tem autonomia (agency) para fazer mudanças positivas em si mesma ou na maneira como você trabalha”, ela diz.

Ainda assim, se o seu local de trabalho está cobrando um preço na sua saúde mental, “não há problema em você decidir por si mesma que estar nesse tipo de ambiente não é certo para você”, diz Gavin.

Nathalia Fruchi

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