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Apagão expõe falhas estruturais e necessidade de modernização da rede elétrica brasileira

Publicado 14/10/2025 • 19:54 | Atualizado há 8 horas

KEY POINTS

  • Ele explicou que, embora o sistema tenha reagido de forma automática para conter o colapso, o episódio revela fragilidades na infraestrutura elétrica nacional.
  • “O sistema elétrico brasileiro é todo interligado. Quando uma subestação falha, como foi o caso do Paraná, a energia que vinha do Sul para o Sudeste é interrompida, e isso causa um desequilíbrio entre geração e consumo. O sistema reagiu cortando cargas e desligando usinas para evitar um problema maior”, disse Silva.

O apagão que atingiu várias regiões do país na madrugada desta terça-feira (14) e deixou milhões de brasileiros sem energia por quase uma hora foi causado por um incêndio em uma subestação no Paraná, segundo o Ministério de Minas e Energia (MME). O incidente provocou um desequilíbrio no Sistema Interligado Nacional (SIN), interrompendo temporariamente o fornecimento de energia em diversos estados.

Para entender o que aconteceu e avaliar o risco de novos apagões, o Radar, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, conversou com Donato Silva, diretor-geral da Volt Robotics. Ele explicou que, embora o sistema tenha reagido de forma automática para conter o colapso, o episódio revela fragilidades na infraestrutura elétrica nacional.

“O sistema elétrico brasileiro é todo interligado. Quando uma subestação falha, como foi o caso do Paraná, a energia que vinha do Sul para o Sudeste é interrompida, e isso causa um desequilíbrio entre geração e consumo. O sistema reagiu cortando cargas e desligando usinas para evitar um problema maior”, disse Silva.

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Segundo ele, o apagão durou entre sete minutos e duas horas e meia, dependendo da região, mas os mecanismos automáticos de proteção — como os disjuntores e relés — funcionaram como esperado.
“É como se o sistema tivesse um airbag. Ele atuou e evitou um colapso total. Mas, claro, ninguém quer que o airbag precise ser acionado”, comparou o engenheiro.

Silva destacou que o sistema brasileiro foi desenhado com redundâncias, ou seja, rotas alternativas para o fluxo de energia, de modo que uma falha isolada não deveria provocar cortes de carga. No entanto, o incidente mostra que a rede precisa de modernização e de maior capacidade de resposta preventiva.

“Nossa rede é antiga em muitos pontos. Precisamos investir em sensores, monitoramento de vibração e temperatura, e usar inteligência artificial para prever falhas antes que elas ocorram. Esse tipo de tecnologia já está disponível e pode evitar incidentes como esse”, afirmou.

Ele reforçou que o apagão não foi causado por falta de energia, mas por falha técnica em um equipamento.

“Houve um incêndio em um dos reatores, e quando ele foi desligado, gerou um desequilíbrio instantâneo. O sistema foi projetado para suportar esse tipo de choque, mas dessa vez houve corte de carga, o que mostra que há pontos que precisam ser reforçados”, explicou.

Ao ser questionado sobre o papel das termelétricas e o atual cenário de bandeira vermelha, Silva explicou que, ao contrário do que se imagina, as usinas térmicas ajudam a estabilizar o sistema.
“Essas usinas têm máquinas com inércia, que ajudam a conter oscilações. O importante é saber onde posicionar estrategicamente esses ativos para que o sistema todo fique mais robusto”, disse.

Segundo ele, mesmo fontes renováveis, como eólicas e solares, já dispõem de tecnologia para simular essa inércia e contribuir para o equilíbrio da rede.

“O alerta que fica é estratégico: precisamos colocar as máquinas certas nos lugares certos e manter a meta de que nenhuma falha individual provoque corte de carga. Desta vez, isso não foi cumprido. Agora é entender o porquê”, concluiu.

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