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Crise perto do fim? Reunião entre Rubio e Mauro Vieira entra na agenda oficial e pode destravar impasse comercial entre Brasil e EUA
Publicado 15/10/2025 • 23:47 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 15/10/2025 • 23:47 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
A reunião entre o secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, e o ministro das Relações Exteriores do Brasil, Mauro Vieira, foi confirmada pelo site oficial do Departamento de Estado americano no fim da noite da quarta-feira (15). O encontro, marcado para esta quinta-feira (16), às 15h (horário de Brasília), na Casa Branca, marca o início das negociações comerciais entre os dois países, abaladas desde que o presidente norte-americano Donald Trump anunciou tarifas de 50% sobre as exportações brasileiras.
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que a reunião será o primeiro diálogo oficial entre as duas nações desde a conversa direta entre Lula e Trump, realizada no início do mês.
Durante um evento no Rio de Janeiro, nesta quarta (15), Lula ironizou a relação entre os dois líderes. “Não pintou química, pintou uma indústria petroquímica”, brincou o presidente ao comentar a videoconferência feita com Trump na semana passada. A frase faz referência à declaração do republicano, que havia dito haver uma “excelente química” entre ambos durante o breve encontro nos bastidores da Assembleia Geral da ONU, em setembro.
Segundo Lula, a nova conversa terá caráter de negociação oficial. O presidente americano designou Marco Rubio para conduzir o diálogo com o Brasil, enquanto o chanceler Mauro Vieira foi escolhido para chefiar a delegação brasileira em Washington.
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Vieira desembarcou na capital dos Estados Unidos na terça-feira (14), onde cumpre agenda diplomática voltada à reversão das tarifas. O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que o governo brasileiro pretende apresentar “os melhores argumentos econômicos possíveis”, destacando que o tarifaço aumenta o custo de vida dos consumidores americanos.
Haddad também lembrou que os Estados Unidos já possuem superávit comercial em relação ao Brasil e que existem diversas oportunidades de investimento conjunto, especialmente nos setores de transformação ecológica, minerais críticos, energia limpa, eólica e solar.
Entre os produtos atingidos pelas tarifas estão café, frutas e carnes. Ficaram de fora da lista inicial cerca de 700 itens, que representam 45% das exportações brasileiras aos EUA, incluindo suco e polpa de laranja, combustíveis, minérios, fertilizantes e aeronaves civis (com motores e componentes).
Posteriormente, outros produtos também foram isentos, após negociações diplomáticas.
O encontro desta quinta-feira será crucial para redefinir o tom das relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos, em meio a um cenário global de tensões econômicas. A expectativa é que o governo brasileiro reforce a necessidade de cooperação e previsibilidade, destacando o impacto das tarifas sobre cadeias produtivas integradas e o comércio bilateral.
A reunião também servirá como termômetro político para medir o grau de diálogo entre Lula e Trump — dois líderes com visões distintas sobre comércio internacional, mas conscientes da importância estratégica da relação entre as duas maiores economias das Américas.
Em comentário no Jornal Times Brasil – Exclusivo CNBC, o analista Vinicius Torres Freire destacou os temas centrais da pauta.
“O governo brasileiro vai levar duas coisas que motivaram o contencioso entre Brasil e Estados Unidos: o fim do tarifaço, aqueles 40% de tarifas extras, e as sanções contra o ministro Alexandre de Moraes pela lei Magnitsky — o que não é lá muito boa ideia.”
Freire observou que autoridades americanas voltaram a mencionar “violações de direitos humanos no Brasil” como justificativa para as tarifas, o que pode dificultar o diálogo.
“O Brasil vai precisar levar algo que também interesse aos Estados Unidos — algo que permita a Trump dizer que venceu, porque ele gosta de cantar vitória em cada negociação”, avaliou o analista.
O comentarista concluiu que, apesar das incertezas, o simples fato de haver uma negociação já representa um avanço. “O bom é saber que há uma negociação. Isso já mostra disposição para chegar a algum acordo.”
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