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Loureiro: Falha na nuvem da Amazon reacende debate sobre dependência das big techs
Publicado 20/10/2025 • 10:39 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 20/10/2025 • 10:39 | Atualizado há 2 meses
Um apagão nos servidores da Amazon Web Services (AWS), divisão de computação em nuvem da Amazon, afetou mais de 500 empresas e pode ter deixado dezenas de milhares de websites fora do ar nesta segunda-feira (20).
Segundo a companhia, o problema foi detectado antes das 4h30 (horário de Brasília) e teria sido solucionado por volta das 7h35. Ainda assim, por volta das 10h, havia relatos em redes sociais sobre dificuldades de acesso a algumas plataformas.
O caso evidencia um ponto sensível: a alta concentração de serviços digitais nas mãos das grandes empresas de tecnologia. Dados da consultoria Synergy Research Group mostram que Amazon, Google e Microsoft detêm 63% do mercado global de infraestrutura em nuvem.
A Amazon lidera o setor, com 32% de participação, seguida pela Microsoft, que opera sua nuvem sob a marca Azure e responde por 23%, e pelo Google, com 12% de market share.
De acordo com a empresa de software americana CloudZero, falhas que tornam serviços digitais inacessíveis podem custar em média US$ 14 mil por minuto às companhias — o equivalente a mais de US$ 800 mil por hora.
Outras gigantes tentam conquistar espaço nesse mercado bilionário. Nos Estados Unidos, Oracle e IBM correm por fora. Na Ásia, Tencent, Alibaba e Huawei buscam ampliar presença, mas com operações muito mais locais do que globais.
Com três empresas controlando quase dois terços do mercado mundial de nuvem, qualquer falha técnica ou decisão comercial tem potencial para causar efeito em cadeia sobre boa parte da economia digital global.
A AWS se tornou uma fonte crucial de receita para a companhia fundada por Jeff Bezos. No segundo trimestre deste ano, a divisão de nuvem — que cresceu 17,5% na comparação anual — gerou US$ 30,9 bilhões, o equivalente a 19% da receita total de US$ 167,7 bilhões da Amazon.
Entre os clientes da AWS estão PepsiCo, Airbnb, Peloton, Nissan, SAP e até a Bolsa de Valores de Londres, que contrataram ou renovaram contratos com a Amazon durante o segundo trimestre.
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