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Sindicato dos trabalhadores da Starbucks realiza votação para autorizar greve

Publicado 23/10/2025 • 08:08 | Atualizado há 8 horas

KEY POINTS

  • O Starbucks Workers United dará início a uma votação para autorização de greve nesta sexta-feira.
  • Além disso, o sindicato diz que está planejando uma onda de manifestações e piquetes em todo o país com seus baristas e aliados.
Sindicato dos trabalhadores do Starbucks autoriza greve antes da última sessão de negociações do ano

Foto: Divulgação/Starbucks Brasil

Fachada de uma loja Starbucks

O Starbucks Workers United inicia na sexta-feira (24) uma votação para autorizar uma greve, enquanto o sindicato que representa os baristas tenta avançar em um acordo trabalhista com a gigante do café.

O sindicato também informou que planeja uma série de manifestações e piquetes em todo o país, com a participação de seus membros e apoiadores.

A votação, que será realizada em lojas sindicalizadas, ficará aberta por vários dias. Se aprovada, a greve não terá prazo definido, e os detalhes ainda serão decididos. Durante o processo, cerca de 70 manifestações e piquetes devem ocorrer entre esta sexta-feira e 1º de novembro, em 60 cidades, segundo o sindicato. Caso os trabalhadores aprovem a paralisação, será a terceira greve nacional desde dezembro do ano passado.

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Atualmente, não há negociações ativas entre o sindicato e a empresa, após as conversas terem sido interrompidas em dezembro de 2024. Em fevereiro, as partes passaram por um processo de mediação, mas centenas de delegados sindicais rejeitaram o pacote econômico proposto pela Starbucks em abril.

O Workers United busca um contrato que aborde três pontos principais: “melhores horários para aprimorar o quadro de funcionários”, aumento do salário líquido (sem especificar valores) e resolução de centenas de acusações pendentes de práticas trabalhistas injustas.

O sindicato, que iniciou sua organização na Starbucks em 2021, hoje representa mais de 12 mil trabalhadores em mais de 650 lojas. Ainda assim, o número de unidades sindicalizadas é pequeno diante do total de mais de 18 mil lojas da rede na América do Norte, entre próprias e licenciadas.

“Vamos fazer o que for preciso para garantir esse contrato”, disse Jasmine Leli, barista em uma unidade sindicalizada de Buffalo, Nova York, que participa das negociações regionais e nacionais, em entrevista à CNBC. Segundo o sindicato, que realizou uma onda nacional de piquetes em 35 cidades entre setembro e outubro, custaria à empresa menos do que um dia médio de vendas para fechar o acordo.

A porta-voz da Starbucks, Jaci Anderson, afirmou em nota que “o Workers United representa apenas cerca de 4% dos nossos parceiros, mas escolheu se afastar da mesa de negociações. Se estiverem prontos para voltar, estamos prontos para conversar”.

Ela acrescentou que qualquer acordo precisa refletir o fato de que a Starbucks “já oferece o melhor emprego do varejo”. Segundo Anderson, “os parceiros por hora ganham mais de US$ 30 por hora, em média, considerando salários e benefícios, e estamos investindo mais de US$ 500 milhões para colocar mais funcionários nas lojas durante os horários de pico”.

“As evidências mostram que as pessoas gostam de trabalhar na Starbucks. O engajamento dos parceiros aumentou, a rotatividade é quase metade da média do setor e recebemos mais de 1 milhão de candidaturas de emprego por ano”, afirmou.

A Starbucks divulgará seus resultados do quarto trimestre na próxima quarta-feira. As ações acumulam queda de 6% no ano, e as vendas em mesmas lojas caíram por seis trimestres consecutivos.

A empresa está em meio a um plano de reestruturação sob o comando do novo CEO, Brian Niccol, batizado de “Back to Starbucks”. Como parte da estratégia, a companhia lançou o programa Green Apron Service, voltado a promover interações mais acolhedoras entre baristas e clientes, na tentativa de tornar as visitas às lojas um hábito.

O programa inclui medidas para garantir melhor dimensionamento de equipes e melhorias tecnológicas que mantenham o tempo de atendimento ágil. Ele foi desenvolvido a partir do crescimento dos pedidos digitais, que hoje representam mais de 30% das vendas, e de feedbacks de baristas, segundo a empresa.

A Starbucks afirma que o Green Apron Service representa o maior investimento da história da companhia em hospitalidade e em seus funcionários de loja. Durante a teleconferência de resultados do terceiro trimestre, a diretora financeira, Cathy Smith, anunciou que a empresa vai investir mais de US$ 500 milhões em horas de trabalho nas lojas próprias no próximo ano, começando pela expansão do programa.

Em setembro, a Starbucks também iniciou um projeto-piloto para o cargo de gerente assistente de loja, com 62 novos gestores em seis regiões, sendo 90% provenientes de promoções internas.

A questão do quadro de funcionários tem sido uma preocupação constante entre os baristas sindicalizados. Niccol, no entanto, tem enfrentado menos resistência do sindicato do que seu antecessor, Howard Schultz, conhecido por uma postura mais combativa.

Em setembro, a empresa anunciou um plano de reestruturação de US$ 1 bilhão, que, segundo analistas, inclui o fechamento de cerca de 500 lojas na América do Norte e a demissão de 900 funcionários em cargos não ligados ao varejo. O sindicato afirmou ter garantido benefícios adicionais aos trabalhadores das 59 lojas sindicalizadas afetadas, como indenização mesmo para quem recusar transferência e extensão dos benefícios de saúde.

Na época, a Starbucks declarou que, “diante do pacote de compensação líder do setor oferecido aos parceiros afetados — incluindo oportunidades de realocação, quando possível, e generosas indenizações — conseguimos rapidamente chegar a um acordo com o Workers United para apoiar os parceiros representados durante essa transição. Isso reflete nosso compromisso com o cuidado aos parceiros.”

A empresa acrescentou ainda que procurou o sindicato para trabalhar em um modelo que definisse como as mudanças impactariam os baristas das lojas sindicalizadas.

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