Duas amigas perderam os empregos dos sonhos depois de décadas — e agora dão conselhos para superar uma demissão

Laura Brown e Kristina O’Neill estavam no auge de suas carreiras. Elas tinham seus empregos dos sonhos como editoras-chefes de revistas (Brown na Instyle e O’Neill na WSJ. Magazine). E então, elas foram demitidas.

“Mesmo trabalho, mesmo dia”, disse Brown, que foi demitida da Instyle via Zoom em 2022. “É como se você fosse atingida por um peso enorme, e ainda tem que lidar com a vergonha e criar uma narrativa que nem é verdadeira”.

“É o mesmo sentimento, não importa o nome que você dê,” disse O’Neill, que deixou a WSJ em 2023.

Após se conhecerem em um desfile da Marc Jacobs em 2001 e passarem mais de 20 anos construindo carreiras juntas, as duas amigas escreveram sobre o lado mais difícil de perder o emprego no livro All the Cool Girls Get Fired (Todas as garotas legais são demitidas).

É o livro que elas não tinham quando foram demitidas, cobrindo indenização, plano de saúde e a retomada da carreira com “mais inspiração profissional do que nunca”, escrevem elas — além de ensaios pessoais de ícones como Jamie Lee Curtis e Oprah sobre suas próprias histórias de demissão.

A CNBC conversou com Brown, que desde então fundou sua própria empresa, a LB Media, e O’Neill, agora chefe de mídia da Sotheby’s, sobre tudo o que aprenderam ao serem demitidos e escreverem este livro:

Não fique muito tempo sozinho após ser demitido

Laura Brown (LB): “É importante descansar, mas não se isolar. Se você passar muito tempo sozinho, os pensamentos ruins se ampliam.

Saia para um café da manhã. Você não precisa fazer tudo no mesmo dia. Quando você sai, lembra que há um mundo lá fora além do seu saldo bancário.

Networking: não tenha vergonha de pedir ajuda

LB: Networking é conhecer pessoas e encontrar oportunidades. Não é sobre ser agressivo; é sobre plantar sementes ao longo do tempo.

Se você trabalhou duro, as pessoas vão aparecer. Não tenha vergonha de pedir ajuda, pois todos fazem isso.

Desvincular sua identidade do trabalho

Kristina O’Neill (KO): Se você coloca tudo em sua carreira, quando o trabalho acaba, parece que tudo vai embora. Ter hobbies simples, como ler ou fazer Pilates, ajuda a se sentir humano.

Mesmo em cargos de destaque, a comunidade mostra que você ainda é valioso.

Ser demitido como chefe

LB: Fui demitida com toda a equipe pelo Zoom. Lembrei a todos que o valor está dentro de nós, não na empresa.

KO: Eu fui a única demitida. Tinha quase 50 pessoas na equipe. Apesar da ansiedade, consegui me cuidar e tive um momento de fechamento com a equipe, o que ajuda a seguir em frente.

Lidando com conselhos de “veja como uma oportunidade”

LB: Trinta e cinco pessoas vão dizer que “isso é o melhor que poderia acontecer”. Você vai querer engoli-las, mas a longo prazo, estão certas.

Seus amigos podem ajudar mantendo ritmos sociais, o que cria oportunidades mesmo fora do trabalho.

Lições de escrever um livro sobre ser demitido

KO: Mostra como essa conversa é necessária. Muitas mulheres hesitam em falar sobre isso, mas o livro ajuda a nivelar expectativas sobre ser demitido e seguir em frente com força.

LB: Mulheres dizem: “Li e isso me ajudou. Não estou sozinha.” Se conseguirmos reduzir a vergonha e aumentar o sentimento de “sou uma garota legal”, é uma vitória.

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Felipe Pjevac

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