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Bolhas só estouram quando não se fala mais nelas
Publicado 27/10/2025 • 11:25 | Atualizado há 4 dias
 
        
        
                            
                     
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Publicado 27/10/2025 • 11:25 | Atualizado há 4 dias
 
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Bolhas de sabão
Muito se fala na bolha que estaria se formando no mercado norte-americano, inflada por tudo o que se relaciona a inteligência artificial: datacenters, chips, energia, Large Language Models (LLMs), computação quântica, carros autônomos, robôs e outras vizinhanças. Há um temor relacionado à valorização excessiva dos índices, concentrados principalmente nas ações de tecnologia.
Afinal, as “7 magníficas” (Nvidia, Microsoft, Meta, Amazon, Alphabet (Google), Apple e Tesla) representam atualmente um terço do S&P 500. É bom lembrar também que o nível de alavancagem no mercado segue em alta, e o cenário parece pronto para uma catástrofe generalizada como vimos em 1999 - ou ainda pior.
>> Leia mais artigos da coluna de Norberto Zaiet
Quem viveu fenômenos como esses sabe que, enquanto houver gente falando incessantemente sobre essas bolhas, elas seguem crescendo.
Se um gestor profissional de portfolio está legitimamente preocupado com a formação e consequente estouro de uma bolha especulativa, certamente não está com recursos alocados nela.
À medida em que ela não estoura e, ao contrário, segue crescendo, esse gestor vai ficando para trás sob qualquer ótica de performance. E ficar para trás, na nossa indústria, é perder recursos.
O negócio de gestão de portfolio é um enorme jogo de rouba-monte. Quem fica para trás perde as cartas (nesse caso, os investidores) para quem está surfando a onda da tal “bolha”. Para não perder terreno, o gestor preocupado precisa melhorar a performance e alocar recursos no mercado, alimentando ainda mais a mesma bolha que o preocupa. É simplesmente uma questão de sobrevivência: quem não participa do jogo é forçado a sair.
Leia também:
Chuck Prince, o famoso e controverso CEO do Citibank à época do estouro da bolha imobiliária, há quase 20 anos, ilustrou isso de maneira brilhante. “Quando a música parar, em termos de liquidez, a coisa vai ficar complicada. Mas enquanto a música segue tocando você precisa se levantar e dançar. Ainda estamos dançando”, concluiu.
Em relação à IA, na minha opinião, a música segue tocando e a festa só está começando a ficar mais cheia. Os ingressos estão, sem dúvida, mais caros, e conseguir se sentar à mesa principal já não é para qualquer um. Mas ainda não há uma fila na porta e muitas mesas ainda estão vazias. O primeiro DJ está cansado, mas a atração principal ainda vai entrar.
As 7 magníficas seguem gerando receita e lucro, a economia norte-americana continua crescendo acima do esperado e a inflação segue relativamente estável, apesar de mais alta. O FED iniciou um ciclo de queda de juros, e os agentes parecem ter aprendido a lidar com Donald Trump. A liquidez está aí.
Que uma bolha está em formação não há dúvida. Para ela estourar, porém, é preciso que não se fale mais nela. E que o pessoal comece a sair pouco a pouco e, depois, de maneira abrupta.
As bolhas só estouram quando os participantes que estão nela consideram tudo tão normal que ninguém mais a percebe. Ainda não é a hora.
 
    
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