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PIX, a criação brasileira que surpreendeu o mundo, completa 5 anos cheio de novidades e planos
Publicado 05/11/2025 • 08:43 | Atualizado menos de um minuto
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Ibovespa B3 renova recorde intradiário
Publicado 05/11/2025 • 08:43 | Atualizado menos de um minuto
KEY POINTS
Impasse entre Banco Central e bancos adia regulamentação do Pix Parcelado.
Em 16 de novembro de 2020, o Banco Central do Brasil lançou oficialmente o PIX, sistema de pagamentos instantâneos que prometia revolucionar a forma como os brasileiros movimentam dinheiro.
Cinco anos depois, em novembro de 2025, a promessa virou realidade: o PIX é hoje a principal forma de transação financeira do país e o maior símbolo da digitalização bancária nacional.
Segundo dados do Banco Central, o sistema encerrou 2024 com 63,8 bilhões de transações, um crescimento de 52% em relação a 2023, movimentando R$ 26,9 trilhões.
Em 2025, os recordes continuam sendo batidos: em setembro, o PIX registrou 290 milhões de transações em um único dia, somando R$ 164,8 bilhões, os maiores números desde sua criação.
Um levantamento da Data Rudder e da Opinion Box mostrou que 81% dos brasileiros utilizaram o PIX nos últimos 12 meses, e 8 em cada 10 pessoas o utilizam semanalmente, sobretudo em transferências de R$ 50 a R$ 300.
O índice de confiança é elevado, pois 80% dos usuários consideram o sistema seguro.
O que começou como uma alternativa ao TED e ao DOC virou um case global de inclusão financeira, com impacto direto no comportamento de consumo e na rotina de milhões de brasileiros.
E quem pensava que os bancos perderiam receitas com o fim das tarifas de sobre transferências de dinheiro, ocorreu o contrário, a inclusão bancária levou milhões de brasileiros ao sistema, aumentando a base de clientes e a venda de produtos financeiros.
Quando o sistema entrou em operação, o país ainda dependia de métodos lentos e caros, como transferências bancárias que levavam horas ou dias e boletos que exigiam compensação.
Pequenos empreendedores precisavam investir em maquininhas e pagar taxas altas, o que reduzia margens de lucro.
“O PIX nasceu com a proposta de democratizar o acesso ao sistema financeiro e tornar as transações mais rápidas, baratas e acessíveis. No início, o desafio era conquistar a confiança do usuário e adaptar a infraestrutura das empresas a um sistema em tempo real”, explicou Gustavo Siuves, CRO da Azify, empresa de infraestrutura financeira para negócios.
O primeiro ano de funcionamento exigiu investimentos em segurança cibernética, treinamento de equipes e ajustes operacionais. Ainda assim, a adesão foi rápida e o aprendizado coletivo acelerou a maturação do sistema.
A adoção do PIX em larga escala não aconteceu de forma automática. Foi necessário educar milhões de brasileiros sobre o uso de chaves, limites e regras de segurança.
Do lado das instituições financeiras, o desafio foi garantir estabilidade 24 horas por dia, com sistemas capazes de processar milhões de transações simultaneamente.
O crescimento também trouxe novos problemas. Golpistas passaram a usar engenharia social e sequestro de chaves, o que levou o Banco Central a reforçar protocolos de segurança e criar mecanismos como o botão de contestação.
Mesmo assim, 43% dos brasileiros consideram o PIX “bastante seguro” e 37% o classificam como “muito seguro”, segundo a Data Rudder.
Empresas de maquininhas e adquirência também resistiram à novidade, temendo perder receitas com taxas de cartão. O tempo mostrou, porém, que o PIX não eliminou o mercado, mas redefiniu o modelo de pagamentos no país.
O avanço do PIX pode ser dividido em marcos anuais:
Para Murilo Rabusky, diretor de Negócios da Lina Open X, o sucesso do sistema não é só a sua praticidade. “A simplicidade do PIX, que elimina intermediários e taxas, impulsionou pequenos negócios, aumentou a bancarização e acelerou a digitalização da economia”, afirma.
Atualmente, o PIX é parte do cotidiano financeiro nacional. Projeções da Ebanx/PCMI indicam que ele responderá por 44% do valor total das transações online até o fim de 2025, superando os cartões de crédito (41%).
Cerca de 60 milhões de brasileiros sem cartão de crédito passaram a ter acesso a serviços financeiros digitais.
O PIX Parcelado, lançado oficialmente em 2025, deve ampliar ainda mais essa inclusão ao permitir compras parceladas sem cartão, de forma regulada e transparente.
“Para quem não possui cartão, o PIX Parcelado traz acesso ao crédito de forma simples. E para quem tem, mas não quer comprometer o limite, é uma alternativa segura e direta. Essa nova etapa muda o modo como o brasileiro consome e planeja suas finanças”, avaliou Gustavo Siuves.
O sucesso do PIX extrapolou as fronteiras econômicas e chegou ao campo político e diplomático. Em julho de 2025, o governo dos Estados Unidos abriu uma investigação comercial para apurar se o estímulo brasileiro ao uso do sistema de pagamentos instantâneos representaria uma barreira à competitividade de empresas americanas de serviços financeiros e de tecnologia.
A resposta do governo brasileiro veio em tom de ironia e ritmo de forró. Nas redes sociais, o perfil oficial do Palácio do Planalto publicou uma arte com a frase “O Pix é nosso, my friend”, acompanhada da legenda: “Parece que nosso Pix vem causando um ciúme danado lá fora, viu?”. A mensagem, embalada por um forró eletrônico identificado como Bom Dia Brasil, viralizou rapidamente e reforçou o tom nacionalista em torno da ferramenta criada pelo Banco Central em 2020.
Na publicação, o governo defendeu o PIX como um sistema seguro, gratuito e sigiloso, que já soma mais de 175 milhões de usuários. “O Brasil é soberano e tem orgulho do Pix, o meio de pagamento mais utilizado do país. Nada de mexer com o que tá funcionando, ok?”, dizia o texto, que ultrapassou 100 mil curtidas em poucas horas.
Em cinco anos, o sistema evoluiu para um ecossistema completo de gestão financeira, com modalidades que vão do PIX por Chave e PIX QR Code ao PIX Automático, PIX Agendado, PIX Parcelado e PIX por Aproximação, que usa tecnologia NFC.
Hoje, 19% dos usuários utilizam o QR Code como principal forma de pagamento — um aumento de 46% em relação a 2024. Já o PIX Automático, ainda recente, deve crescer com o tempo: 51% dos usuários afirmam que pretendem testá-lo, de acordo com a Data Rudder.
“Essas inovações reduzem custos para empresas e aumentam o controle financeiro dos consumidores. O PIX virou sinônimo de acesso: de ferramenta de pagamento, ele passa a ser também instrumento de planejamento financeiro”, destaca Murilo Rabusky, da Lina Open X.
Com infraestrutura consolidada e confiança do público, o futuro do PIX aponta para mais integração e alcance internacional.
Entre as tendências esperadas estão:
“O PIX mostrou que é possível transformar o sistema financeiro de um país em poucos anos quando há visão e regulação eficiente. O modelo brasileiro já inspira outros países e deve se tornar o centro do ecossistema financeiro digital”, avalia Gustavo Siuves.
“O Brasil consolidou um ecossistema que reúne pagamentos à vista, recorrentes e parcelados em um único ambiente — um avanço que redefine o acesso ao sistema financeiro e pode servir de modelo para o mundo”, conclui Murilo Rabusky, da Lina Open X.
Cinco anos depois, o PIX se tornou um elemento indispensável para o dia a dia financeiro da população brasileira.
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