EXCLUSIVO: Regus fecha com chineses um dos maiores contratos imobiliários do país; “coworking em alta”, diz CEO

A Regus, empresa especializada em escritórios flexíveis, anunciou um dos maiores contratos do ano no setor corporativo brasileiro. O acordo foi firmado com uma gigante chinesa de tecnologia que passará a operar em um espaço de 7,1 mil metros quadrados na região do Morumbi, em São Paulo. O projeto será entregue em até 45 dias, em modelo build to suit, com estrutura completa para 801 funcionários.

Em entrevista ao Times Brasil | Licenciado Exclusivo CNBC, o CEO da Regus Brasil, Tiago Alves, afirmou que o contrato simboliza o avanço da demanda por soluções flexíveis no ambiente corporativo. Segundo ele, “o coworking é o único modelo que consegue entregar na velocidade que essas grandes empresas precisam, no prazo e com o serviço completo”. O executivo explicou que o formato permite que companhias tenham acesso imediato a espaços prontos, sem necessidade de investimentos próprios em infraestrutura.

Alves destacou que o grupo mantém crescimento de dois dígitos ao ano, impulsionado pelo modelo híbrido de trabalho e pela busca das empresas por redução de custos operacionais. “Mesmo durante a pandemia, o mercado registrou crescimento anual com dois dígitos. Hoje, o coworking cresce de 20% a 30% ao ano no Brasil”, analisou. Segundo ele, a Regus já opera quase 100 unidades no país e continua expandindo para atender tanto grandes corporações quanto negócios de menor porte.

Leia mais:
Apenas 5% das empresas de mercado imobiliário atingiram seus objetivos de IA; Veja o porquê
Empresa de investimento global Nuveen está apostando no nicho do setor imobiliário

O CEO observou que a flexibilidade é o principal fator que sustenta a expansão do setor. “As empresas querem o benefício do espaço pronto de trabalho. Eu não preciso investir para entrar, nem me comprometer com um contrato de longo prazo”, disse. De acordo com Alves, esse modelo permite que companhias ajustem o tamanho do espaço de acordo com a demanda — de uma sala de reunião por hora até grandes lajes corporativas personalizadas.

O executivo explicou que o contrato com a empresa chinesa segue a tendência de build to suit para corporações internacionais que buscam infraestrutura rápida e personalizada. “Os funcionários dessa empresa vão sentar e começar a trabalhar. Não precisam se preocupar com internet, limpeza, manutenção ou segurança. Tudo isso é garantido pela empresa de coworking”, afirmou.

Tiago Alves também apontou que o mercado brasileiro se tornou mais diversificado, com mais de 2,5 mil pontos de coworking no país. “Desses, 90% são pequenos operadores e 10% são os grandes players corporativos”, analisou. Ele destacou ainda que a expansão da Regus acompanha o movimento de descentralização da demanda: “As pessoas não querem mais trabalhar de casa, mas querem trabalhar perto de casa.”

A Regus, que faz parte do grupo IWG, monitora oportunidades no mercado imobiliário de escritórios em todo o país. Segundo Alves, a empresa utiliza sistemas de inteligência para mapear localizações estratégicas e antecipar a demanda em regiões com baixa vacância, como Faria Lima, Pinheiros e Vila Leopoldina, além de zonas emergentes na zona leste e norte de São Paulo.

O CEO avaliou que o coworking se consolida como uma solução de baixo risco e alta adaptabilidade para empresas em diferentes estágios. “Quando a empresa quer flexibilidade, não quer investir para entrar e quer manter o capital dentro do próprio negócio, o coworking é uma boa opção”, concluiu.

—

Vanessa Loiola

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no