Intenção de compras no Natal cresce 27% em 2024
Publicado 24/12/2024 • 17:57 | Atualizado há 4 meses
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Publicado 24/12/2024 • 17:57 | Atualizado há 4 meses
KEY POINTS
A intenção de compras no Natal deste ano registrou um aumento de 27% em relação a 2023, de acordo com uma pesquisa realizada pelo grupo Alia, administradora de shopping centers no Brasil.
O levantamento aponta que mais pessoas estão investindo em presentes e itens natalinos, marcando uma retomada no consumo durante as festas de fim de ano.
Segundo a Abrasce (Associação Brasileira de Shopping Centers), o movimento nos shoppings também reflete essa tendência. Estima-se que as vendas tenham um crescimento de 6,9% em relação ao mesmo período do ano passado, movimentando aproximadamente R$ 6,02 bilhões.
Além disso, o fluxo de visitantes aumentou 6%, incentivando 89% dos empreendimentos a ampliarem os horários de funcionamento, com muitos shoppings abrindo mais cedo ou fechando mais tarde.
No Shopping Center Norte, em São Paulo, a movimentação intensa foi observada até as últimas horas da véspera de Natal. A gerente de marketing Jéssica Zanella afirmou que o fluxo de pessoas no local foi 25% maior do que no mesmo dia do ano passado, um reflexo direto da melhora na confiança dos consumidores e do otimismo do setor.
O número de shoppings no Brasil cresceu 5% desde 2019, somando 639 empreendimentos em operação atualmente. Apesar do avanço, o setor enfrenta a forte concorrência do e-commerce, que tem crescido em ritmo acelerado.
Atualmente, o faturamento dos shoppings brasileiros soma R$ 202 bilhões, enquanto o e-commerce deve fechar esse ano com R$ 205 bilhões de faturamento, diz o economista Alberto Azjental. Segundo ele, enquanto o faturamento dos shoppings cresce na ordem de um 2,5% a 3% ao ano, o e-commerce cresce, às vezes, dois dígitos por ano.
Azjental explica que o modelo que está unindo os dois canais de vendas é o chamado omnichannel, que integra a experiência física e digital. Para o economista, isso faz com que shoppings e e-commerce cresçam juntos, ao invés de competir diretamente. “Não se trata de um suplantar o outro, mas de complementaridade”, afirma.
Sobre o possível impacto da chamada “taxa da blusinha” — referente à taxação de compras internacionais em e-commerces — nos números dos shoppings, Azjental descarta qualquer influência direta. Ele explica que o vestuário, que antes era uma das âncoras dos shoppings, já migrou fortemente para o comércio eletrônico, especialmente entre as gerações mais jovens.
“Os shoppings agora estão investindo no que o e-commerce não consegue entregar, como experiências e serviços”, diz.
O setor, portanto, segue se adaptando às novas tendências, consolidando sua posição como ponto de encontro e lazer, enquanto o e-commerce continua crescendo como canal de conveniência para compras online.
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