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Atas do Fed revelam racha sobre juros e colocam em dúvida corte em dezembro

Publicado 19/11/2025 • 17:50 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • Atas mostram divisão entre membros que defendem novo corte em dezembro e aqueles que preferem manter os juros estáveis pelo resto do ano
  • Probabilidade de corte em dezembro caiu após Powell afirmar que a decisão não é “carta marcada”
  • Falta de dados durante a paralisação do governo dificultou a leitura da economia e aumentou a cautela do comitê

O presidente do Fed Powell responde às perguntas dos repórteres na coletiva de imprensa do FOMC

Federal Reserve / Flickr

As autoridades do Federal Reserve divergiram de forma incomum na reunião de outubro sobre o corte de juros, divididas entre o temor de um mercado de trabalho em desaceleração e a preocupação com uma inflação ainda resistente. As atas divulgadas nesta quarta-feira (19) mostram que não há consenso sobre os próximos passos da política monetária, especialmente quanto à possibilidade de novo corte na reunião de dezembro.

O documento indica que “vários” participantes consideram apropriada mais uma redução na faixa-alvo caso a economia avance conforme esperado nas próximas semanas. Mas “muitos” defendem manter os juros onde estão pelo restante do ano. Na terminologia do Fed, o segundo termo indica posição forte, o que sugere inclinação contra um novo corte.

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Apesar disso, o texto não esclarece a posição dos membros com direito a voto. São 19 participantes no comitê, mas apenas 12 votam. O grau de apoio de votantes a uma mudança em dezembro permanece incerto.

A leitura reforça comentários recentes do presidente do Fed, Jerome Powell, que afirmou que um corte em dezembro não é “carta marcada”. Antes da coletiva, investidores tratavam a medida como praticamente certa; nesta quarta, as apostas caíram para menos de 30%.

As atas registram ainda que “a maioria” vê novos cortes como prováveis ao longo do tempo, mas não necessariamente na próxima reunião.

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Em outubro, o FOMC aprovou o corte de 0,25 ponto percentual, levando a taxa básica para 3,75%–4%. O placar de 10 a 2, porém, não captou a extensão das divergências. Os dirigentes se dividiram sobre o quão restritiva ainda é a política monetária: parte avalia que continua freando o crescimento; outra acredita que a resiliência da atividade indica um nível menos apertado do que o estimado.

Publicamente, o comitê aparece dividido entre “doves”, que defendem cortes adicionais para evitar maior enfraquecimento do mercado de trabalho, e “hawks”, preocupados de que flexibilizar demais impeça a inflação de retornar à meta de 2%. Em posição intermediária, Powell, o vice Philip Jefferson e o presidente do Fed de Nova York, John Williams, pedem cautela.

O processo decisório também foi prejudicado pela falta de dados econômicos durante os 44 dias de paralisação do governo, que atrasou relatórios essenciais para avaliar emprego, inflação e atividade.

As atas confirmam ainda que o Fed interromperá, em dezembro, a redução de seu balanço patrimonial, processo que já retirou mais de US$ 2,5 trilhões em títulos públicos e hipotecários do sistema. Houve amplo apoio para pausar temporariamente o chamado aperto quantitativo.

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