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Especialistas alertam para golpes em ressarcimentos do Banco Master

Publicado 19/11/2025 • 19:58 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • Após a liquidação do Banco Master, investidores enfrentam tentativas de golpe que prometem “liquidez imediata” ou “antecipação” do pagamento do FGC, embora o fundo reforce que não autoriza intermediários, não cobra taxas e só se comunica via aplicativo oficial.
  • As fraudes se dividem em roubo de dados — com phishing, páginas falsas, links maliciosos, atendentes falsos e aplicativos fraudulentos — e empréstimos predatórios que se passam por adiantamentos, mas na prática escondem crédito com juros altos.
  • O FGC detalha o procedimento correto para ressarcimento: cadastro no app, aguardar a lista de credores enviada pelo BC, habilitar o pedido, validar biometria e documentos, e receber o pagamento em até dois dias úteis após a conclusão.

Além de ter depósitos e aplicações congeladas, os investidores do Banco Master — que teve a liquidação decretada pelo Banco Central na terça-feira (18) — têm de se preocupar com uma onda de golpes destinados a quem aguarda o ressarcimento do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Anúncios em redes sociais e em aplicativos prometem “liquidez imediata” ou “antecipação” do pagamento da garantia, explorando a ansiedade de quem tinha Certificados de Depósito Bancário (CDB) emitidos pela instituição e agora está impedido de movimentar os recursos.

Entidade privada que garante o ressarcimento de investimentos e depósitos em até R$ 250 mil por pessoa na instituição financeira, o FGC tem reforçado que não autoriza intermediários, não cobra taxas e não oferece nenhum mecanismo para agilizar pagamentos, alertando que qualquer promessa de antecipação é golpe.

Gerente de Engenharia de Segurança da Check Point Software Brasil, Fernando Falchi afirma que a garantia do FGC é automática, e qualquer oferta de crédito vinculada ao pagamento representa um sinal de alerta de fraude. Qualquer comunicação, ressalta, só pode ser feita por meio do aplicativo do FGC, canal oficial de ressarcimento.

“O cibercriminoso sempre usa a pressa como arma. A verificação, feita no canal oficial, é o melhor antídoto para golpes digitais”, ressalta.

Riscos

No vácuo de informações e diante da ausência de prazo exato para o início dos pagamentos, surgiram ofertas fraudulentas que afirmam poder antecipar o valor garantido. Muitas delas se apresentam como empresas especializadas, advogados ou consultores financeiros.

As fraudes em nome do FGC dividem-se em dois tipos: roubo de dados e crédito abusivo. Os golpes mais comuns são os seguintes:

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  1. Phishing e roubo de informações: golpes que visam capturar dados pessoais e bancários por meio de:
  • Páginas falsas que imitam o site ou o app do FGC;
  • Links maliciosos enviados por WhatsApp ou redes sociais;
  • Atendentes falsos, que pedem códigos e senhas;
  • Aplicativos fraudulentos, que instalam malware.

Nesses casos, um clique errado permite aos fraudadores capturar credenciais, tomarem contas bancárias ou instalarem malware (programa invasor) capaz de monitorar celulares e computadores em tempo real, inclusive senhas.

  1. Empréstimos predatórios:

Outra prática detectada é a oferta de supostos “adiantamentos”, que na verdade escondem operações de crédito com juros altíssimos. O investidor, acreditando estar antecipando o pagamento do FGC, acaba contratando um empréstimo que pode consumir boa parte do valor a receber.

Pressão sobre investidores

O Banco Master, conhecido pela oferta de CDBs com rendimento de até 140% do CDI (Certificado de Depósito Interbancário, com taxa um pouco inferior aos juros básicos da economia), foi liquidado após meses de dificuldades.

Fundado por Daniel Vorcaro, o banco acumulava carteira de crédito considerada de alto risco. A liquidação resultou ainda na prisão de executivos em operação da Polícia Federal que investiga a venda da instituição ao Banco de Brasília (BRB).

Com o encerramento das atividades, investidores com aplicações de até R$ 250 mil passaram a depender exclusivamente do FGC para reaver o dinheiro. O processo, porém, não é imediato e exige etapas formais — o que abriu espaço para tentativas de fraude.

O procedimento correto, segundo o FGC, envolve os seguintes passos:

  • Cadastro inicial no aplicativo do FGC, único canal de atendimento;
  • Aguardar a lista de credores, enviada pelo Banco Central, o que leva em média 30 dias;
  • Habilitação do pedido de ressarcimento no aplicativo, quando o FGC liberar essa etapa;
  • Finalização com biometria, envio de documento e assinatura digital;
  • Pagamento, realizado em até dois dias úteis após a conclusão do pedido;
  • Nenhuma outra forma de solicitar, acelerar ou intermediar o pagamento é reconhecida pelo FGC.
  • Recomendações para evitar golpes

As principais orientações para não cair em fraudes são as seguintes:

  • Usar somente o app e o site oficial do FGC e informações do Banco Central;
  • Nunca fornecer dados pessoais ou códigos a terceiros;
  • Desconfiar de qualquer promessa de facilitação: a garantia do FGC é automática;
  • Verificar URLs e evitar baixar apps por links enviados;
  • Ativar autenticação em dois fatores e manter antivírus atualizado;
  • Confirmar informações antes de agir, especialmente diante de mensagens que criem sensação de urgência.

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