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Exclusivo: entenda porque seguir classificação estável no rating soberano é ruim para o Brasil

Publicado 28/11/2025 • 12:00 | Atualizado há 27 minutos

KEY POINTS

  • A Moody’s manteve o rating soberano do Brasil em classificação estável, refletindo a persistência dos juros altos e pressões inflacionárias
  • O especialista Hulisses Dias afirmou que o desalinhamento entre política fiscal e monetária adia o retorno ao grau de investimento, enquanto a dívida pública cresce mais de R$ 1 trilhão ao ano
  • A Bolsa superou os 159 mil pontos, mas Dias alerta que o mercado acionário está desconectado da economia real, onde pequenos negócios sofrem com juros altos

A Moody’s manteve o rating soberano do Brasil em classificação estável, afastando o risco de rebaixamento no curto prazo, mas deixando o país ainda a um passo do grau de investimento.

O Times Brasil – Licenciando Exclusivo CNBC entrevistou Hulisses Dias, especialista em finanças e sócio da Beginity Capital, o movimento reflete principalmente o avanço dos gastos públicos acima do limite fiscal, a persistência dos juros altos e pressões inflacionárias que impedem uma melhora na perspectiva de crédito.

Dias explica que a revisão da agência confirma a perda de tração observada desde a última análise, quando o Brasil passou de perspectiva positiva para estável. Para ele, manter a nota já é “uma boa notícia”, mas insuficiente diante do cenário internacional mais favorável, com bolsas renovando máximas e flexibilização monetária nos Estados Unidos.

A avaliação da Moody’s também apontou que, apesar de o país ter mostrado resiliência às tensões comerciais provocadas pelas tarifas de Donald Trump, a combinação de inflação elevada e juros altos limita o avanço econômico. “O Banco Central tenta desaquecer a economia para trazer a inflação ao centro da meta, enquanto o governo continua gastando cada vez mais”, afirmou. Segundo ele, o desalinhamento entre política fiscal e monetária cria um cenário de ineficiência que adia o retorno ao grau de investimento.

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Dias destaca ainda que a dívida pública — hoje próxima de R$ 9 trilhões — cresce mais de R$ 1 trilhão ao ano apenas pelo custo dos juros, dificultando o acesso do país a crédito mais barato. Ele também aponta que, em ano eleitoral, a tendência é de expansão dos gastos sociais, o que deve sustentar atividade econômica no curto prazo, mas compromete o ajuste fiscal necessário para melhorar o rating.

Mesmo com esse diagnóstico, o especialista lembra que o mercado acionário segue em forte desempenho. A Bolsa superou os 159 mil pontos, impulsionada por grandes companhias com capacidade de captar recursos a custos inferiores aos do próprio país. “Essas empresas têm uma dinâmica totalmente desconectada da economia real. Enquanto elas batem recordes, pequenos negócios — que sustentam a empregabilidade — sofrem com juros altos e ineficiências”, explicou.

Para Dias, esse descolamento é global e também observado nos Estados Unidos, onde a concentração das maiores companhias domina o desempenho dos índices. Ele reforça que, por isso, o investidor precisa diferenciar economia real e mercado financeiro para não interpretar de forma equivocada a alta da Bolsa frente ao cenário macro.

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