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Caso Master: deputado do PL é arma da defesa de Vorcaro para levar a investigação para o STF

Publicado 01/12/2025 • 21:33 | Atualizado há 10 minutos

KEY POINTS

  • Documento apreendido que menciona o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA) virou argumento central da defesa de Daniel Vorcaro para tentar levar o caso ao STF
  • Pedido foi distribuído ao ministro Dias Toffoli, mas a PF ainda não vê indícios que justifiquem mudança de foro, já que o material da Operação Compliance Zero segue em análise
  • Caso envolve suspeitas de fraude bilionária entre o Banco Master e o BRB, com operações que podem ter movimentado até R$ 12 bilhões
Na última segunda-feira (17), Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, foi preso pela polícia federal, no aeroporto de Guarulhos. Na ocasião, o empresário tentava fugir do país em um avião particular. A tentativa de fuga se deu em decorrência da falência extrajudicial do Banco Master, divulgada pelo Banco Central em um comunicado oficial nesta terça-feira (18). Com isso, os bens dos controladores e demais administradores do Master foram bloqueados. Antecedente ao comunicado, havia a negociação de um contrato com o Grupo Fictor, com participação de investidores dos Emirados Árabes Unidos. A ideia é que fosse feito um aporte de R$ 3 bilhões de reais para ajudar na recuperação do caixa do Banco Master, que passava por dificuldades financeiras. No entanto, a transação dependia da aprovação do Banco Central do Brasil e do Cade (Conselho Administrativo de Defesa Econômica). Foto: divulgação/Banco Master.

Divulgação/Banco Master

Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, foi preso pela polícia federal, no aeroporto de Guarulhos

Um documento apreendido pela Polícia Federal em endereços de Daniel Vorcaro, dono do Banco Master, menciona o deputado João Carlos Bacelar Filho (PL-BA) e passou a ser usado pela defesa do banqueiro como argumento para tirar o caso da primeira instância. Os advogados querem que a investigação passe ao Supremo Tribunal Federal (STF), já que o parlamentar tem foro privilegiado. A informação foi revelada pelo Estadão e confirmada pelo próprio Bacelar ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC.

O deputado afirma que atuou na estruturação de um fundo para erguer um empreendimento imobiliário em Porto Seguro (BA), e que Vorcaro demonstrou interesse no projeto. Segundo ele, houve reuniões e troca de documentos, mas o negócio não avançou.

“Ele me fez uma consulta sobre um imóvel em Porto Seguro, que não se concretizou. Quando o banco começou a entrar em dificuldade, ele pediu mais um tempo para poder exercer a opção. Foi feito um documento dando a opção de compra a Daniel Vorcaro”, afirmou Bacelar ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC.

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Diante da apreensão do documento que cita o deputado, a defesa de Daniel Vorcaro entrou na sexta-feira (28) com uma ação no Supremo Tribunal Federal (STF) pedindo que toda a investigação seja redistribuída para a Corte. Os advogados afirmam que o caso é semelhante ao da Operação Overclean, da Polícia Federal na Bahia, que acabou deslocada ao STF após aparecerem documentos relacionados a uma transação imobiliária entre um dos investigados e um parlamentar.

O pedido foi encaminhado ao ministro Dias Toffoli e faz parte da estratégia de retirar o caso da primeira instância, responsável pela ordem de prisão preventiva do empresário. No mesmo dia em que a ação chegou ao STF, a desembargadora Solange Salgado, do TRF-1, revogou as prisões de Vorcaro e de outros quatro investigados.

A PF, porém, ainda não vê motivo para mudança de foro. Como o material recolhido na Operação Compliance Zero ainda está em análise, não há até agora qualquer indício de irregularidade relacionado ao negócio imobiliário citado, nem elementos que justifiquem enviar o caso ao Supremo.

Vorcaro deixou a prisão no último sábado (30), após 12 dias detido. Ele foi preso em 17 de novembro no aeroporto de Guarulhos quando se preparava para embarcar para fora do país. A Operação Compliance Zero apura indícios de fraude em transações entre o Master e o Banco de Brasília (BRB), incluindo operações bilionárias que teriam sido lastreadas por carteiras de crédito “fabricadas”.

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Além de Vorcaro, outros diretores e sócios do Master foram presos, e o então presidente do BRB, Paulo Henrique Costa, acabou afastado. Segundo a PF, os indícios apontam para um esquema que pode ter movimentado até R$ 12 bilhões. As apurações começaram em 2024, após o Ministério Público Federal levantar suspeitas de que o banco criava carteiras de crédito sem lastro e as vendia a outras instituições, substituindo os títulos posteriormente por ativos sem avaliação técnica adequada após fiscalização do Banco Central.

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