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EUA e Brasil vão fechar parceria para combater o crime organizado, diz Haddad

Publicado 04/12/2025 • 17:49 | Atualizado há 10 minutos

KEY POINTS

  • Haddad afirmou que os EUA vão enviar uma proposta formal de parceria após reunião em Brasília, indicando que Washington “vai correr com o assunto” no combate ao crime organizado
  • Ministro revelou que há 65 fundos sob investigação, sendo 40 no Brasil e 15 no exterior, em ações que envolvem Receita, PF e órgãos de controle
  • Haddad defendeu cooperação imediata para bloquear dinheiro de facções, dizendo que o objetivo é criar um canal ágil para troca de informações e impedir que recursos ilícitos continuem a financiar organizações criminosas

Reprodução/Times Brasil

Fernando Haddad dá coletiva em São Paulo

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou nesta quinta-feira (4) que os Estados Unidos vão enviar uma proposta formal de cooperação ao Brasil para reforçar o combate ao crime organizado e à lavagem de dinheiro. Segundo ele, o governo americano demonstrou “muito interesse” na iniciativa brasileira após uma carta enviada por Brasília, decorrente da conversa telefônica entre os presidentes Lula e Donald Trump.

De acordo com Haddad, as investigações compartilhadas tratam de 65 fundos financeiros suspeitos, sendo 40 no Brasil e 15 no exterior. O ministro ressaltou que o material está sendo traduzido e será encaminhado às autoridades americanas pelos “canais competentes”, para evitar questionamentos jurídicos.

“Foi pedida por eles, mas a partir da provocação da carta que nós remetemos para os Estados Unidos, depois do telefonema dos presidentes, Lula e Trump”, disse Haddad a jornalistas. Ele afirmou ter deixado o encontro “muito animado” ao perceber o engajamento da representação diplomática: “a sensação que dá é de que eles vão correr com o assunto”.

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Integração contra facções

Haddad afirmou que os EUA demonstraram preocupação especial com o fluxo internacional de recursos que chegam às facções criminosas brasileiras. Segundo ele, o país tem condições de atuar de forma integrada e imediata, desde que o intercâmbio de informações seja formalizado.

“Se nós não nos fixarmos por cima, as facções vão continuar operando. Então, nós temos que fazer um trabalho conjugado para que esse dinheiro não irrigue as facções, como tem acontecido no Brasil, em outros países da América Latina”, afirmou.

O ministro destacou que a Receita Federal, a Polícia Federal e a Autoridade de Supervisão Financeira já atuam de forma coordenada dentro do país, e que a cooperação internacional ampliaria o alcance das operações.

Ele também citou o exemplo do tráfico internacional de armas. “Nós queremos criar um canal de comunicação assim: que quando o conteúdo chega dos Estados Unidos com peças de fuzil ou com fuzis, nós vamos informar uma autoridade competente de la para combater imediatamente esse tipo de coisa”.

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EUA já têm cópia anotada da carta

O ministro relatou surpresa ao saber que os diplomatas americanos já haviam estudado o documento brasileiro. “Curiosamente, eles estavam com cópia da carta que nós encaminhamos para os Estados Unidos. Ele já estava com a cópia anotada”.

Segundo Haddad, a embaixada afirmou que está preparando uma resposta oficial.

“Eles vão mandar uma proposta. Eles vão encaminhar uma proposta. De parceria. Justamente para que essa relação deixe de ser uma relação formal, burocrática, para ser eficaz”.

Ainda não há prazo definido, mas o ministro reforçou que a movimentação americana foi rápida após receber o documento.

Tarifaço

Haddad afirmou ainda que a cooperação pode gerar efeitos indiretos sobre o debate tarifário entre Brasil e EUA.

Segundo ele, “dos 100% das exportações do Brasil para os Estados Unidos, nós já estamos falando só de 22% que estão sendo afetados nesse momento pelas tarifas”.

O ministro avaliou que o avanço na agenda criminal e de inteligência pode destravar um entendimento mais amplo. “O que nós estamos propondo é tão mais eficaz… Eu penso que vai evoluir o debate naturalmente”.

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