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A Superficialidade da Inteligência Emocional — e o Caminho para uma Cultura Emocionalmente Regenerativa
Publicado 08/12/2025 • 10:54 | Atualizado há 2 horas
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Publicado 08/12/2025 • 10:54 | Atualizado há 2 horas
Pixabay.
Inteligência artificial.
A inteligência emocional tornou-se um dos talismãs corporativos do nosso tempo. Está nas
palestras, nas consultorias relâmpago, nos programas de liderança e nos posts luminosos do
LinkedIn. Mas, paradoxalmente, quanto mais falamos sobre o tema, menos tocamos nas
emoções reais — aquelas que atravessam o trabalho e moldam o clima psicológico das
equipes. E, no entanto, é justamente esse universo emocional que oferece o maior potencial de
transformação.
Nos últimos anos, a discussão ganhou força, mas não ganhou profundidade. Ainda funciona
como uma camada cosmética que esconde tensões e contradições institucionais. A boa
notícia? Esse movimento superficial é frequentemente o primeiro sinal de que a organização
está pronta para uma conversa mais verdadeira — e mais madura.
Vivemos o fim da era da “higienização afetiva” e o início de um período em que as empresas
começam a buscar formas mais humanas de lidar com sua própria vida emocional.
Reconhecer o essencial é um ato de coragem — e uma porta para soluções reais
Frases como “queremos equipes emocionalmente maduras” começam a perder sua
ambiguidade. Organizações que antes apenas pediam resiliência agora começam a se
perguntar:
A emoção deixa de ser decorativa — e se torna fonte de renovação
Durante muito tempo, emoções foram tratadas como acessórios comportamentais. Hoje,
cresce a consciência de que elas são matéria-prima estratégica para inovação, vínculo e
sentido.
Quando a organização amplia seu olhar, ela identifica padrões antes invisíveis:
O que não era dito começa, enfim, a ganhar voz
A psicodinâmica das organizações — campo que inspira meu trabalho há mais de quinze anos
— sempre mostrou que empresas carregam pactos, fantasias e defesas coletivas.
E aqui é importante ser preciso: nos meus projetos de transformação organizacional que
incorporam essa profundidade, as taxas de sucesso ultrapassam 80%.
Não por acaso: quando a empresa reconhece sua economia afetiva, ela libera energia para
mudança real.
O tema não é “soft”: é estrutural.
Inteligência emocional regenerativa: o próximo passo da liderança
A inteligência emocional organizacional não nasce de um workshop, mas de um movimento
sistêmico de corresponsabilidade.
E é nesse ponto que introduzo — como conceito de minha autoria — os pactos regenerativos.
O que são pactos regenerativos? (conceito de autoria própria)
São compromissos institucionais — formais ou tácitos — que substituem pactos defensivos por
acordos que promovem:
Da emoção domesticada à emoção transformadora
A superficialidade está perdendo espaço para práticas mais humanas.
Treinamentos continuam relevantes, mas se tornam realmente eficazes quando acompanhados
de estruturas que:
O futuro pertence às organizações emocionalmente inteligentes — e emocionalmente
honestas
A inteligência emocional que o mundo corporativo precisa é uma prática institucional, não um
discurso.
É um modo de existir, e não um manual de condutas.
E o paradoxo ganha agora uma nota de esperança:
Não falta inteligência emocional às pessoas. Falta inteligência emocional às organizações — e muitas já começaram a construí-la.
Quando essa construção se apoia em pactos regenerativos, a transformação deixa de ser
promessa e passa a ser experiência.
Um futuro emocionalmente saudável deixa de ser utopia e se torna — finalmente — prática.
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