Após o sucesso no Oscar, Selton Mello integra o elenco da nova produção milionária da Sony

Depois de ganhar destaque internacional com “Ainda Estou Aqui“, Selton Mello volta às telas agora ao lado de Jack Black e Paul Rudd. Ele integra o elenco de “Anaconda”, a comédia “meta” da Sony, dirigida por Tom Gormican, que assina também o roteiro, revisitando o clássico de 1997 em uma versão completamente nova.

Com estreia prevista para dia 25 de dezembro, “Anaconda” (2025) conta a história de dois amigos, Griff e Doug, que, durante uma crise de meia-idade, decidem realizar um sonho antigo: refilmar o longa dos anos 90. Eles vão para a Austrália para tentar achar a cobra e, no caminho, conhecem o personagem de Selton Mello, Santiago, um cuidador de cobras que ajuda os amigos a encontrarem a anaconda.

Carreira internacional

Após seu sucesso do ano passado, que até teve presença no Oscar, o ator brasileiro começou a receber mais destaque e reconhecimento fora do Brasil. Sobre sua transição para a carreira internacional, ele afirmou: “Eu gosto dessa ideia de misturar esses gêneros, sabe? Eu gosto de, logo depois de “Ainda Estou Aqui”, pular em um filme grande como o Anaconda.”

Mesmo não sendo seu primeiro filme atuando em inglês, pois já participou de “Soundtrack” (2017), Mello diz que a parte mais difícil de gravar essa comédia foi ter que falar em outra língua: “É sempre um desafio trabalhar em outro idioma, porque, às vezes, você perde algum vocabulário. Você quer improvisar, sua mente está indo para lá, mas você perde algumas palavras.”

Apesar dessa dificuldade, o ator brasileiro ressaltou a recepção calorosa no set: “Me senti muito acolhido por esta equipe. Eu adoro a ideia de ter esse set tão legal, você se sente relaxado para ser você mesmo.”

Leia mais:
CCXP25 bate recorde e reúne 139 marcas
Arrecadação de filmes brasileiros cresce 289% em sete anos e número de salas é recorde

Experiência fez a diferença

Para Gormican, ter um grupo internacional foi importante para a construção do filme. Ele destacou a presença de Selton, que, por também ser diretor, conversava e trocava ideias durante as gravações: “Sabe, trabalhar com alguém como Selton… ele trazia suas ideias, ele é um cineasta e escritor, ele entende o processo de construção de uma narrativa.” Segundo ele, não incorporar essas sugestões “seria um erro”, e essa colaboração possibilitou que o filme ficasse mais autêntico.

Segundo Gormican, a experiência desse contexto meta, de “fazer um filme sobre fazer um filme”, acabou aproximando a ficção da realidade do set. Durante as gravações, eles perderam um local importante e tiveram que reescrever o final, o que fez com que o diretor colocasse muito de suas próprias experiências dentro da narrativa. Ele conta que o roteiro foi se transformando e crescendo ao longo das filmagens, tornando-se melhor do que era no início. Essa proposta também permitiu incluir aspectos muito pessoais nas cenas, e ele até brinca que “100% das minhas ansiedades estão na tela”.

Valorização do talento brasileiro

Ter um brasileiro em um filme de orçamento milionário de uma grande produtora como a Sony Pictures é de extrema relevância para o entretenimento e a cultura do país, que segue conquistando mais fãs e engajamento fora do Brasil. Com um elenco de peso e uma produção internacional, Selton Mello se posiciona mais uma vez como um dos grandes talentos do cinema brasileiro, que continua a se destacar.

Eduarda Basso

Siga o Times Brasil - Licenciado Exclusivo CNBC no