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Pfizer: o que sua previsão para 2026 e as novas aquisições dizem sobre a saúde financeira da empresa
Publicado 16/12/2025 • 15:23 | Atualizado há 2 dias
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Smith Collection / Archive Photos / Getty Images
A Pfizer apresentou uma projeção modesta para 2026, buscando compensar a queda nas vendas de seus produtos contra a Covid-19 e o declínio de medicamentos mais antigos com investimentos de longo prazo em seu portfólio de produtos em desenvolvimento.
A farmacêutica tem buscado acordos de todos os portes nos últimos anos para construir novas fontes de receita, mas a projeção ressalta que esses investimentos ainda estão longe de se pagar. Esses obstáculos não são surpreendentes nem novos para a Pfizer, que viu uma queda drástica nas vendas de vacinas e antivirais contra a Covid-19 após ter arrecadado receitas recordes durante a pandemia.
Nos últimos anos, a farmacêutica tem buscado aquisições de todos os portes para construir novas fontes de receita, como a recente aquisição da empresa de biotecnologia especializada em obesidade Metsera por US$ 10 bilhões (R$ 54,6 bilhões) e a gigantesca fusão com a farmacêutica oncológica Seagen por US$ 43 bilhões (R$ 234,8 bilhões) em 2023.
No entanto, as projeções indicam que esses investimentos ainda estão longe de gerar retorno. A Metsera, por exemplo, traz consigo uma linha de medicamentos que ainda estão em fase inicial de desenvolvimento. As ações da empresa permaneceram praticamente estáveis no pré-mercado de terça-feira.
O desempenho das ações também está estável no ano. A farmacêutica espera um lucro ajustado entre US$ 2,80 (R$ 15,3) e US$ 3 (R$ 16,4) por ação no próximo ano. Isso está ligeiramente abaixo da estimativa consensual dos analistas de US$ 3,05 (R$ 16,7) por ação para o ano, segundo a LSEG. A receita total esperada é de US$ 59,5 bilhões (R$ 324,8 bilhões) a US$ 62,5 bilhões (R$ 341,3 bilhões), o que seria praticamente estável em comparação com a nova projeção de vendas da Pfizer para 2025, de US$ 62 bilhões (R$ 338,5 bilhões).
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Os analistas esperavam vendas de US$ 61,59 bilhões (R$ 336,3 bilhões) em 2026, de acordo com as estimativas da LSEG. A empresa afirmou que a perspectiva de receita pouco animadora se deve, em parte, à queda nas vendas de sua vacina contra a Covid-19 e do antiviral
. A Pfizer prevê que as vendas desses produtos em 2026 cairão cerca de US$ 1,5 bilhão (R$ 8,2 bilhões) em relação ao ano anterior, para US$ 5 bilhões (R$ 27,3 bilhões).
A Pfizer também apontou para outra queda esperada de aproximadamente US$ 1,5 bilhão nas vendas em relação ao ano anterior, devido à perda da exclusividade de mercado de certos produtos. Alguns medicamentos de grande sucesso, como a vacina contra pneumonia Prevnar, estão enfrentando maior concorrência de rivais.
A expiração das patentes da Pfizer está prevista principalmente para 2026 e 2028, disse o diretor financeiro da empresa, Dave Denton, em uma teleconferência com investidores na terça-feira. Ele afirmou que a farmacêutica espera que US$ 17 bilhões (R$ 92,8 bilhões) em receitas sejam impactados pela expiração de patentes e exclusividades regulatórias. O anticoagulante Eliquis, um dos produtos mais vendidos da empresa, também terá preços mais baixos no Medicare a partir do próximo ano, após negociações com o governo como parte da Lei de Redução da Inflação.
Alguns analistas também observaram que a projeção provavelmente reflete custos relacionados às recentes aquisições da empresa, incluindo a Metsera. Em uma nota divulgada na terça-feira, o analista Chris Schott, do JPMorgan, classificou a perspectiva como “em grande parte esperada”. Ele afirmou que os impactos negativos da Covid e os investimentos em pesquisa e desenvolvimento serão parcialmente compensados pela reestruturação em andamento na empresa.
Em uma teleconferência com investidores na terça-feira, a Pfizer disse ter superado suas metas de redução de custos para 2025. A empresa pretende cortar mais de US$ 7 bilhões (R$ 38,2 bilhões) em custos até 2027 e afirmou, na terça-feira, que espera alcançar a maior parte dessas economias até o próximo ano.
Enquanto isso, o analista da BMO Capital Markets, Evan Seigerman, disse que a perspectiva ligeiramente menor para 2026 “deixa espaço para ajustes em função da incerteza em relação à política de vacinação”.
A Pfizer e outras farmacêuticas tiveram que lidar com as mudanças na política de vacinação dos EUA sob a gestão do Secretário de Saúde e Serviços Humanos, Robert F. Kennedy Jr., um notório cético em relação às vacinas. “Dada a incerteza em relação à política do Departamento de Saúde e Serviços Humanos e às taxas de infecção, apreciamos as estimativas conservadoras e a redução de custos… para o próximo ano”, disse Seigerman.
Na teleconferência, o CEO da Pfizer, Albert Bourla, disse que os comentários da Food and Drug Administration (FDA) sobre as vacinas “não têm fundamento” e “não vão mudar a forma como estamos encarando nossos investimentos de longo prazo em vacinas”. Bourla não mencionou comentários específicos, mas disse acreditar que “essa anomalia se corrigirá sozinha”.
No início deste ano, a Pfizer firmou um acordo histórico de preços de medicamentos com o governo Trump, que inclui a venda de seus medicamentos existentes para pacientes do Medicaid ao menor preço oferecido em outros países desenvolvidos.
A Pfizer também garantirá o mesmo preço de “nação mais favorecida” para seus novos medicamentos para o Medicare, Medicaid e planos de saúde privados. Em troca, a empresa receberá uma isenção de três anos das tarifas específicas para produtos farmacêuticos impostas pelo presidente Donald Trump.
Denton afirmou que há “compressão de preços e de margem embutida” nas projeções da empresa para 2026, já que ela planeja oferecer “descontos maiores” em seus negócios com o Medicaid como parte do acordo com Trump. O CEO da Pfizer, Albert Bourla, afirmou que os comentários da Food and Drug Administration (FDA) sobre as vacinas “não têm fundamento” e “não vão mudar a forma como encaramos nossos investimentos de longo prazo em vacinas”.
Bourla não citou declarações específicas, mas disse acreditar que “essa anomalia se corrigirá sozinha”.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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