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Sindusfarma e Datafolha iniciam censo inédito para mapear a indústria farmacêutica

Publicado 18/12/2025 • 19:08 | Atualizado há 15 horas

KEY POINTS

  • O estudo reúne 135 perguntas e envolve todas as indústrias farmacêuticas estabelecidas no país, com meta de participação mínima de 80% dos associados do Sindusfarma.
  • O objetivo é gerar dados para orientar políticas públicas, ampliar o acesso a medicamentos e oferecer às empresas uma visão comparativa do mercado, com resultados previstos para 2026.

Pela primeira vez, a indústria farmacêutica brasileira passa a integrar um mapeamento amplo e detalhado sobre sua estrutura, desafios e perspectivas. O Sindusfarma, em parceria com o Datafolha, iniciou um censo que vai até 2026 e deve reunir informações inéditas sobre liderança, produção, pesquisa clínica e os gargalos que afetam a inovação e a competitividade do setor.

“O censo é um retrato de um determinado momento”, afirmou Nelson Mussolini, presidente executivo do Sindusfarma, em entrevista ao Times Brasil — Licenciado Exclusivo CNBC. Segundo ele, o objetivo é ir além de uma fotografia isolada. “Não adianta você ter uma fotografia e não saber nem como foi o passado, nem como vai ser para frente.”

De acordo com Mussolini, o levantamento envolve todas as indústrias farmacêuticas estabelecidas no país, independentemente da origem do capital ou do porte. “Para nós, no Sindusfarma, a gente não diferencia a origem de capital, o tamanho da empresa, o que ela faz.” Ele destacou que o engajamento é fundamental para a qualidade do estudo. “Nós precisamos ter o maior engajamento das empresas, então nós estamos trabalhando fortemente com o Datafolha para que a gente tenha esse engajamento em todas as empresas.”

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O questionário reúne 135 perguntas e busca aprofundar o entendimento sobre o funcionamento do setor. “É um censo pesado, porque ele tem que esmiuçar a indústria farmacêutica”, disse Mussolini. “Como funciona o financiamento daquela determinada empresa? No que ela aposta agora? O que ela apostará no futuro? Como ela olha a pesquisa clínica no Brasil e como ela olha a produção no nosso país.”

A previsão é concluir o levantamento entre março e maio do próximo ano. A partir daí, o Sindusfarma pretende usar o material como base para diálogo com o poder público. “A ideia é fechar esse censo até março ou maio do ano que vem e ter um documento para apresentar para os futuros candidatos à Presidência da República. Esta é a indústria farmacêutica que nós temos e esta é a indústria farmacêutica que nós queremos.”

Segundo Mussolini, a iniciativa não foi inspirada em modelos internacionais. “Essa foi uma ideia que nós tivemos dentro do time do Sindusfarma, que a gente precisava conhecer melhor toda a estrutura da indústria farmacêutica.” Ele ressaltou a importância dos dados para o debate regulatório. “Se a gente não tiver dados, fica um jogo de argumentos. E a gente precisa ter dados para mostrar.”

O executivo destacou ainda a diversidade do setor. “Você tem indústrias que olham só a pesquisa e que fazem os produtos de patente. Nós temos aquela indústria que faz os medicamentos genéricos, que ampliam sobremaneira o acesso. Nós temos aquelas empresas que fazem medicamentos isentos de prescrição, que são os MIPs.” Há também diferenças na estrutura produtiva. “Há uns que produzem localmente, outros que só importam.”

Para Mussolini, compreender essas diferenças é essencial para a formulação de políticas públicas. “Não adianta a gente vir falando que a gente vai resolver o problema do Brasil numa canetada. Isso não vai acontecer.” Segundo ele, o setor exige previsibilidade. “Nosso negócio é um negócio que precisa de tempo. Precisa de muita previsibilidade e muita segurança jurídica.”

Além de subsidiar o debate regulatório, o censo também deve servir como ferramenta de análise para as próprias empresas. “A empresa se conhece e ela vai conhecer o mercado. Ela vai ver onde o mercado está apostando.” Mussolini explicou que os dados não serão individualizados. “Nós seguimos todas as regras da LGPD, então as informações serão sempre de forma global.”

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Atualmente, o Sindusfarma reúne cerca de 140 indústrias associadas, e a meta é obter resposta de pelo menos 80% delas. “Eles precisam responder. Então a gente tem que fazer um movimento de engajar todo esse pessoal e mostrar como é bom para a indústria farmacêutica ter esses dados.”

Ao final da entrevista, Mussolini reforçou o compromisso de compartilhar os resultados quando o levantamento for concluído. “Para nós vai ser um prazer poder mostrar em cadeia nacional esses resultados.”

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