Disney anuncia 157 milhões de usuários globais ativos em streamings com anúncios

CNBC Disney anuncia 157 milhões de usuários globais ativos em streamings com anúncios

Brasil

Brasil critica mudança da Meta em checagem de fatos como tentativa de ‘servir’ Trump

Publicado 07/01/2025 • 15:04

AFP

KEY POINTS

  • O governo brasileiro criticou, nesta terça-feira (7), a decisão da gigante das redes sociais Meta de enfraquecer suas políticas de moderação de conteúdo.
  • O Brasil classificou a medida como uma disposição para servir à "agenda" do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.
  • A Suprema Corte do Brasil tem adotado uma postura firme em relação à regulação de plataformas de redes sociais.

Fotos Públicas

O governo brasileiro criticou, nesta terça-feira (7), a decisão da gigante das redes sociais Meta de enfraquecer suas políticas de moderação de conteúdo, classificando a medida como uma disposição para servir à “agenda” do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump.

A Suprema Corte do Brasil tem adotado uma postura firme em relação à regulação de plataformas de redes sociais. No ano passado, bloqueou a plataforma X (antigo Twitter), de Elon Musk, por 40 dias devido ao descumprimento de ordens judiciais contra a desinformação online.

O secretário de políticas digitais do Brasil, João Brant, escreveu na rede social que a decisão da Meta representa uma aliança com “o governo dos EUA para confrontar a União Europeia, o Brasil e outros países que buscam proteger direitos no ambiente online.”

Ao anunciar o fim do programa de checagem de fatos nos EUA, o fundador e CEO do Meta, Mark Zuckerberg, afirmou que a empresa “trabalharia com o presidente Trump para resistir a governos estrangeiros que atacam empresas americanas para censurar mais.”

Zuckerberg criticou especialmente a Europa por “institucionalizar a censura” e mencionou “tribunais secretos” na América Latina “que podem ordenar que empresas removam conteúdos de maneira discreta.”

Brant afirmou que o comentário foi uma referência direta ao Supremo Tribunal Federal (STF) do Brasil e destacou que o Meta demonstrou “estar disposto a se tornar uma plataforma para a agenda de Trump.”

Ele também criticou os planos do Meta de reverter a política de 2021 que reduzia a presença de conteúdos políticos, chamando a mudança de “um convite ao ativismo de extrema-direita.”

“A declaração é explícita. Ela sinaliza que a empresa não aceita a soberania dos países sobre o funcionamento do ambiente digital e antecipa ações que serão tomadas pela administração Trump”, disse Brant.

O secretário ainda afirmou que o anúncio de Zuckerberg “apenas reforça a relevância das ações em andamento na Europa, no Brasil e na Austrália, envolvendo os três poderes.”

O anúncio do Meta, no entanto, foi bem recebido pelo grupo político do ex-presidente Jair Bolsonaro, que está impedido de disputar cargos públicos até 2030 por disseminar informações falsas sobre o sistema eleitoral brasileiro.

“O efeito Trump está apenas começando e muitos outros fatos serão revisados. A esquerda vai sucumbir”, escreveu no X o deputado Eduardo Bolsonaro, filho do ex-presidente.

MAIS EM Brasil