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Correios estudam fechar unidades deficitárias sem abandonar a universalização; entenda
Publicado 30/12/2025 • 12:06 | Atualizado há 5 horas
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Publicado 30/12/2025 • 12:06 | Atualizado há 5 horas
KEY POINTS
Foto: Divulgação
Correios estudam fechar unidades deficitárias sem abandonar a universalização; entenda
Os Correios colocaram em marcha, nesta segunda-feira (29), um amplo plano de reestruturação para conter prejuízos bilionários e reorganizar a operação da estatal.
A estratégia, detalhada pelo presidente da empresa, Emmanoel Schmidt Rondon, combina corte de custos, venda de ativos, captação de recursos e mudanças no modelo de negócios.
Leia também: Demissões nos Correios: diretoria prevê milhares de cortes até 2027
Um dos pontos centrais é o fechamento de unidades deficitárias ou sobrepostas, sem abrir mão da obrigação constitucional de universalizar os serviços postais em todo o País, de acordo com a reportagem publicada no Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.
Segundo a direção da empresa, a rede atual é excessivamente ampla e, em muitos casos, ineficiente. Grande parte das agências opera no prejuízo, especialmente em regiões onde há sobreposição de estruturas ou baixa demanda.
A manutenção dessa rede consome recursos que a estatal já não consegue sustentar em um cenário de queda de receitas e aumento de custos.
Leia também: O que os Correios vão explicar em coletiva nesta segunda (29) sobre a crise bilionária?
A proposta não é abandonar municípios ou regiões remotas, mas reorganizar a malha logística para reduzir despesas permanentes.
A expectativa é gerar um impacto positivo de cerca de R$ 2,1 bilhões por ano com o fechamento ou consolidação dessas unidades.
A empresa afirma que o princípio da universalização será preservado. Isso significa que, mesmo com o fechamento de agências físicas deficitárias, o atendimento continuará garantido por outros meios, como:
De acordo com a administração, cumprir a universalização custa hoje cerca de R$ 4 bilhões por ano e se tornou um dos principais fatores do desequilíbrio financeiro da estatal, especialmente após a perda de receitas com cartas e a maior concorrência no segmento de encomendas.
O plano de reestruturação começa com uma etapa emergencial de recomposição de caixa, os Correios contrataram um empréstimo de R$ 12 bilhões junto a cinco grandes bancos, com garantia da União, para capital de giro.
Os recursos serão usados para regularizar pagamentos a fornecedores e trabalhadores e aliviar a pressão financeira no curto prazo.
Leia também: Correios assinam empréstimo de R$ 12 bilhões com cinco bancos
Segundo a empresa, a necessidade total de reforço de caixa chega a R$ 20 bilhões. A diferença de R$ 8 bilhões deverá ser equacionada ao longo de 2026, por meio de aporte do governo federal ou nova captação no mercado, a depender das condições financeiras.
Além do fechamento de unidades deficitárias, o plano prevê um Programa de Demissão Voluntária para até 10 mil empregados em 2026 e mais 5 mil em 2027.
Também estão previstas revisões nas estruturas de remuneração da alta gestão e mudanças nos planos de saúde e previdência, com economia anual estimada em R$ 2,1 bilhões.
Outro eixo é a venda de imóveis e ativos, tanto inativos quanto em uso, com potencial de arrecadar cerca de R$ 1,5 bilhão em 2026.
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No médio e longo prazo, os Correios pretendem adotar um novo modelo operacional, com maior uso de tecnologia e foco em eficiência. A empresa afirma que está utilizando softwares próprios para acelerar ganhos de produtividade, com resultados esperados a partir de 2027.
Também foi contratada uma consultoria para tratar do passivo de precatórios, que pesa fortemente nas despesas da estatal.
A direção dos Correios avalia que o modelo atual se tornou inviável. O monopólio da entrega de cartas deixou de sustentar financeiramente a operação, enquanto a empresa perdeu espaço no mercado de encomendas. Desde 2019, o market share caiu de 51% para 22%.
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Hoje, cerca de 90% das despesas dos Correios são fixas, e os gastos com pessoal representam 62% do total e chegam a 72% quando considerados os precatórios trabalhistas.
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