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BC diz ao TCU que acionou MPF por indícios de fraude em operações do Master com a Reag

Publicado 31/12/2025 • 12:23 | Atualizado há 5 horas

KEY POINTS

  • BC comunica ao TCU indícios de fraude em operações do Banco Master
  • Operações suspeitas do Master com fundos da Reag somam R$ 11,5 bilhões
  • Banco Central aciona MPF e aponta falhas graves de capital e risco no Master
master

Reag Investimentos

Divulgação

O Banco Central do Brasil informou ao Tribunal de Contas da União (TCU) que acionou o Ministério Público Federal (MPF) após identificar indícios de fraude em operações do Banco Master com fundos administrados pela Reag Trust DTVM. As transações sob suspeita somariam R$ 11,5 bilhões, segundo relatório encaminhado pelo regulador ao tribunal de contas.

De acordo com o documento, obtido por autoridades e sob análise do TCU, as operações ocorreram entre julho de 2023 e julho de 2024 e apresentaram falhas graves, em desacordo com normas do Sistema Financeiro Nacional. As informações são do jornal Folha de S.Paulo deste dia 31.

Master e Reag concentram operações sob suspeita

O relatório do BC aponta que parte relevante das operações estruturadas do Master envolveu fundos ligados à Reag, incluindo veículos como fundos multimercado e de direitos creditórios. Segundo o regulador, esses negócios integraram um conjunto de operações de R$ 11,5 bilhões, das quais dois fundos estavam sob administração da Reag.

Esta é a segunda comunicação do BC ao MPF envolvendo o Master. A primeira tratou da revenda de R$ 12,2 bilhões em créditos considerados inexistentes na tentativa de venda do banco ao Banco de Brasília (BRB), conforme apurações em curso.

BC aponta falhas de capital, risco e liquidez

No relatório enviado ao TCU, o Banco Central descreve inadequado gerenciamento de capital e de riscos, com operações realizadas sem garantias suficientes, liquidez ou diversificação. Segundo o documento, essas falhas agravaram a situação financeira da instituição e motivaram a abertura de processos administrativos sancionadores, atualmente em fase de instrução.

O BC também afirma que, em determinado período, o Master operou com insuficiência de capital, em razão da adoção incorreta de Fatores de Ponderação de Risco (FPRs) nas operações estruturadas. Além disso, o regulador indica que não havia acompanhamento efetivo da composição dos ativos líquidos dos fundos envolvidos.

Comunicação ao MPF ocorreu antes da liquidação do Master

Segundo o relatório, a nova comunicação ao MPF foi feita em 17 de novembro de 2025, um dia antes de o Banco Central decretar a liquidação do Banco Master, anunciada em 18 de novembro.

O documento afirma que havia indícios de crimes de desvio de recursos e gestão fraudulenta, associados às operações estruturadas bilionárias. O BC relata que as inconsistências justificaram medidas mais duras de supervisão e sanção.

Reag foi alvo de operação ligada ao PCC

A Reag foi alvo, em agosto, da Operação Carbono Oculto, que investiga a relação entre o setor de combustíveis, o Primeiro Comando da Capital (PCC) e empresas financeiras. Procurada, a empresa não se manifestou até a publicação.

Segundo pessoas a par do relatório, uma das suspeitas é que fundos teriam sido usados para pulverizar recursos em nome de terceiros, prática conhecida como uso de “laranjas”. Há também indícios de que recursos teriam sido realocados no contexto da tentativa de venda do Master ao BRB.

Processo no TCU corre sob sigilo

O processo no TCU, que apura possíveis falhas e omissões do Banco Central no caso Master, tramita sob sigilo, por determinação do relator Jhonatan de Jesus. Técnicos e ministros do tribunal avaliam que a corte tem competência para investigar a atuação do BC, embora haja divergências internas sobre a possibilidade de revisão da liquidação do banco.

Nesta semana, Daniel Vorcaro, controlador do Master, o ex-presidente do BRB Paulo Henrique Costa e o diretor de Fiscalização do BC Ailton de Aquino prestaram depoimento à Polícia Federal e foram submetidos a acareação, em razão de versões divergentes. O procedimento ocorreu no STF, no âmbito de investigação sob relatoria do ministro Dias Toffoli, que determinou que diligências passem pelo seu crivo.

As investigações seguem em andamento, e o Banco Central afirmou ao TCU que continuará colaborando com as autoridades competentes.

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