A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, foi presa e libertada na tarde de quinta-feira (9) após liderar um protesto em Caracas contra a posse do presidente Nicolás Maduro, prevista para a sexta-feira.
Inicialmente, fontes próximas à dirigente, Machado foi “violentamente interceptada” por agentes do governo ao deixar a manifestação na região de Chacao, onde se concentrou um grande número de seus apoiadores.
Horas depois, a equipe política da opositora informou que Corina Machado foi libertada.
“Saindo da concentração em Chacao, Caracas, María Corina Machado foi interceptada e derrubada da moto em que viajava. Na ocorrência, armas de fogo foram detonadas. Durante o período de seu sequestro foi forçada a gravar vários vídeos e em seguida foi libertada”, reportou uma publicação na rede X.
Aparição pública
Até esta quinta-feira, Machado estava na clandestinidade e fez sua primeira aparição pública desde agosto de 2024. Ele apareceu em cima de um veículo, vestida de branco e com uma bandeira da Venezuela. Durante o protesto, ela exclamou “A Venezuela é livre!” e afirmou que a oposição não tem medo.
O protesto aconteceu na véspera da posse de Maduro para renovar a mobilização contra o governo. A líder oposicionista também afirmou que o país entrou em uma nova fase e que a luta pela liberdade continuará.
De acordo com a oposição, agentes do regime dispararam contra as motocicletas que transportavam Machado, mas os detalhes sobre a situação ainda são escassos.
A prisão ocorre em meio a um contexto de repressão contra os opositores, com prisões de líderes da oposição e da sociedade civil em todo o país.
O governo de Maduro também anunciou a captura de dois americanos, acusados de conspirar contra o governo, o que foi negado pelos Estados Unidos.
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