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Inflação seguirá acima da meta até 3º trimestre deste ano, diz Banco Central

Publicado 10/01/2025 • 18:32

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • “A inflação ficará acima do limite do intervalo de tolerância até o terceiro trimestre de 2025, entrando depois em trajetória de declínio, mas ainda permanecendo acima da meta”, diz o BC.
  • Em 2024, a alta generalizada de preços foi de 4,83%, acima da meta de, no máximo, 4,5%.
  • Galípolo aponta as seguintes causas para a inflação ter ficado mais alta do que a meta: ritmo forte de crescimento da atividade econômica, depreciação cambial e fatores climáticos.

O presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, publicou nesta sexta-feira (10) uma carta para justificar por que a inflação do ano passado ficou acima da meta.

No texto, afirma-se que o número continuará mais alta do que o desejado: “A inflação ficará acima do limite do intervalo de tolerância até o terceiro trimestre de 2025, entrando depois em trajetória de declínio, mas ainda permanecendo acima da meta”.

Para Felipe Corleta, sócio da GTF Capital, a inflação corrente do Brasil não é notadamente preocupante, ao contrário das expectativas da inflação futura.

“Se a gente olhar hoje nas inflações implícitas pela curva de juros da renda fixa, não tem, em nenhum momento, uma inflação menor do 6,8%. Então, o mercado hoje precifica que a inflação para frente vai ser muito pior que a inflação atual. Essa é a grande preocupação do mercado hoje”, disse em entrevista ao jornal Real Time, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

“O mercado está precificando que, com os gastos do governo descontrolados, muito provavelmente a inflação vai subir e pode atingir 6%, 7% ao longo dos próximos anos”, afirmou.

Justificativa para não cumprir a meta

Ele aponta as seguintes causas para a inflação ter ficado mais alta do que a meta:

  • Ritmo forte de crescimento da atividade econômica,
  • Depreciação cambial e
  • Fatores climáticos

Ele afirma que o contexto de “expectativas de inflação desancoradas e inércia da inflação do ano” também atrapalharam a tentativa de manter a inflação dentro da meta.

A meta era de 3%, mas com tolerância de 1,5 ponto percentual acima disso – ou seja, 4,5%. No entanto, o número ficou em 4,83%.

Veja abaixo como os grupos de bens os serviços se comportaram:

  • Alimentação em casa– Foi uma alta de 8,22%, em decorrência de fatores climáticos (basicamente uma seca), o ciclo do boi e a depreciação cambial além de alta de preços internacionais. O preço das carnes foi o que teve a maior alta: 20,84%.
  • Bens industriais – Foi uma alta de 2,89% devido à depreciação cambial, elevação do preço internacional das commodities metálicas e da atividade econômica.
  • Serviços – Foi de 4,77%, pressionada por “fatores inerciais”.
  • Preços administrados – Esse grupo aumentou 4,66%. A maior contribuição desse grupo foi da alta dos preços de gasolina, de 9,70%.

Veja abaixo quais foram os itens de alimentação que mais aumentaram em 2024.

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