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Com a boa safra e o dólar mais baixo, preços dos alimentos devem se acomodar, diz Haddad

Publicado 30/01/2025 • 22:34

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Segundo o ministro, preços devem se estabilizar, embora ainda permaneçam elevados até que a produção normalize os custos.
  • Ele também previu uma redução no crescimento do PIB, passando de 3,5% para cerca de 2,5% neste ano.
  • O ministro também falou sobre as preocupações com o uso de tecnologias como a inteligência artificial para espalhar fake news.
Fernando Haddad

Fernando Haddad em setembro de 2024

Fabio Rodrigues-Pozzebom/ Agência Brasil

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, afirmou que as previsões para a safra deste ano são positivas e, com a acomodação do dólar em patamares mais baixos, os preços dos alimentos devem se estabilizar, embora ainda permaneçam elevados até que a produção normalize os custos.

“Nós imaginamos que nesse ano, que a safra virá muito boa, pelo menos é o que todas as projeções sugerem, e com a acomodação do dólar num patamar mais baixo do que o previsto pelo mercado, os preços dos alimentos tendem a se acomodar ainda num patamar elevado até a produção corrija essa distorção de preços a um patamar adequado”, disse Haddad.

Em entrevista à RedeTV, Haddad falou que a taxa já está em um nível restritivo, o que está desacelerando a economia. Ele também previu uma redução no crescimento do PIB, passando de 3,5% para cerca de 2,5% neste ano. “Estamos prevendo nesse ano uma redução do crescimento da economia, que foi de 3,5%, para algo como 2,5%. Isso vai segurar as pressões inflacionárias”, disse.

Haddad acrescentou que o governo não pretende abrir mão de sua meta de crescimento econômico sustentável, mas também afirmou que é necessário um ajuste de rota em algumas situações. “O presidente Lula tem consciência de que muitas vezes você tem que fazer um ajuste de rota. Nós não pretendemos deixar de perseguir o crescimento econômico sustentável, trazendo a inflação para dentro da meta novamente”, afirmou.

Relação entre Brasil e EUA

Ele também comentou sobre a relação comercial do Brasil com os Estados Unidos, destacando a possível vantagem para o país diante de políticas comerciais externas.

“Se ele [o presidente dos EUA] sobretaxar um país que ele importa muito, pode favorecer o Brasil. É só exportar mais para os Estados Unidos”, afirmou.

Haddad mencionou o potencial do Brasil no setor de energia limpa, ressaltando as vantagens competitivas do país na produção de energia eólica e solar. “Já estamos sendo procurados por investidores que fariam suas plantas lá [nos EUA], e que estão procurando o BNDES para fazer aqui”, disse.

Oposição e fake news

O ministro também falou sobre as preocupações com o uso de tecnologias como a inteligência artificial para espalhar fake news.

“Quando vejo meus adversários fazendo isso [usando inteligências artificiais para criar fake news e divulgá-las], eu lamento por eles e pelo Brasil. Por eles, porque não têm caráter. E pelo Brasil, que é submetido à uma lavagem cerebral para induzir as pessoas a imaginar que eles, a direita, têm algum apreço pela população”, declarou Haddad.

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