Tesla tem pior mês desde 2022, em meio à atuação de Musk na Casa Branca
Publicado 04/03/2025 • 10:06 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 04/03/2025 • 10:06 | Atualizado há 7 horas
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Tesla
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As ações da Tesla começaram março em queda, dando sequência ao desempenho negativo de fevereiro. No primeiro mês completo de Elon Musk como integrante do governo de Donald Trump, a montadora de veículos elétricos registrou uma desvalorização de 28%, sua pior queda desde dezembro de 2022.
Na segunda-feira (3), o papel recuou mais 3%, reduzindo o valor de mercado da companhia para cerca de US$ 915 bilhões.
A nova queda ocorreu apesar de um post de Musk no X (antigo Twitter), no qual ele afirmou que um “aumento de 1000% no valor da Tesla em cinco anos” seria possível com uma execução excepcional. No entanto, mesmo com o otimismo do CEO, o mercado segue reagindo com cautela.
Os problemas da Tesla vão além da volatilidade das ações. No balanço do quarto trimestre de 2024, divulgado em janeiro, a empresa reportou uma queda de 8% na receita automotiva e um recuo de 23% no lucro operacional em relação ao ano anterior. A companhia atribuiu a redução à diminuição dos preços médios de venda dos modelos Model 3, Model Y, Model S e Model X.
Além disso, a Tesla pode ser impactada pelas novas tarifas impostas pelo governo Trump sobre produtos importados do Canadá e do México, onde estão alguns de seus principais fornecedores.
A recente queda no valor de mercado da Tesla também reflete a atuação política de Musk fora da empresa. Desde que assumiu o comando do Departamento de Eficiência Governamental (DOGE) no governo Trump, o bilionário vem promovendo cortes profundos na força de trabalho federal, reduzindo gastos públicos e eliminando regulações. Paralelamente, Musk também busca novos contratos governamentais para suas empresas, incluindo a Tesla e a SpaceX.
Embora tenha defendido a transparência no DOGE, Musk tem mantido em sigilo diversos detalhes sobre suas decisões e políticas, ao mesmo tempo em que obteve acesso sem precedentes a sistemas de computador e dados sensíveis do governo, sem aprovação do Congresso.
No cenário internacional, Musk também tem provocado polêmica. Recentemente, ele apoiou o partido de extrema direita AfD da Alemanha e foi acusado por líderes europeus de interferência eleitoral. Além disso, usou suas redes sociais para espalhar desinformação sobre o presidente ucraniano Volodymyr Zelensky e sugerir, sem evidências, que ele estaria buscando uma “guerra eterna” contra a Rússia — um discurso alinhado ao Kremlin.
As posições de Musk geraram uma onda de rejeição à Tesla tanto nos Estados Unidos quanto na Europa. Em Londres, um anúncio publicitário viralizou ao renomear a Tesla como “Swasticar”, fazendo referência ao nazismo e mostrando uma imagem de Musk com um gesto associado a saudações nazistas, segundo o canal Euronews.
Na França, dezenas de veículos da Tesla foram incendiados no que as autoridades suspeitam ser um ataque criminoso. A rejeição também se reflete nas vendas: as novas matrículas da Tesla caíram drasticamente na Europa, com queda acentuada na Alemanha (-60%) em janeiro, além de quedas na França e na Escandinávia nos primeiros dois meses de 2025.
Nos EUA, a resistência contra a empresa também cresce. Em Loveland, no Colorado, uma unidade da Tesla foi vandalizada em 29 de janeiro. No último fim de semana, nove manifestantes foram presos em Nova York após um protesto em frente a uma concessionária da marca.
Proprietários da Cybertruck relataram sofrer hostilidade nas ruas, recebendo desde gestos ofensivos até assédio direto por dirigirem o veículo de design futurista.
Um movimento chamado “Tesla Takedown” tem incentivado consumidores a boicotar os produtos da empresa e investidores a venderem suas ações. A iniciativa já conta com apoio de celebridades, como o ator George Takei, conhecido por seu papel em “Star Trek”, que pediu publicamente que seus seguidores aderissem ao boicote.
Apesar das polêmicas, Musk continua promovendo a Tesla como líder na inovação de veículos autônomos e robôs humanoides. Porém, a empresa enfrenta forte concorrência, especialmente da China e dos EUA.
Atualmente, rivais como Waymo (do Google/Alphabet) já operam serviços comerciais de táxis autônomos, enquanto o CyberCab da Tesla ainda não saiu do papel. Além disso, montadoras chinesas começaram a oferecer sistemas de direção semiautônoma comparáveis ao Autopilot e Full Self-Driving da Tesla, mas por preços significativamente menores.
Em uma recente conferência com investidores, Musk prometeu lançar a versão totalmente autônoma do Full Self-Driving como serviço pago em Austin, Texas, em junho, com testes se expandindo para outras cidades dos EUA logo depois.
Enquanto isso, a Waymo já realiza 200 mil corridas semanais com seus veículos autônomos em São Francisco, Phoenix e Los Angeles, consolidando sua liderança no setor.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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