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Petróleo fecha em queda, com tarifas e retomada da produção pela Opep+ no radar

Publicado 04/03/2025 • 19:43 | Atualizado há 1 dia

Estadão Conteúdo

KEY POINTS

  • Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para abril fechou em queda de 0,16% (US$ 0,11), a US$ 68,26 o barril.
  • O Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,81% (US$ 0,58), a US$ 71,04 o barril.
  • O anúncio de retaliações por China, Canadá e México, na sequência da entrada em vigor das tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, alimentou nas últimas horas os temores dos investidores de desaceleração do crescimento global.
A Opep elevou a perspectiva de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024.

A Opep elevou a perspectiva de avanço do Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil em 2024.

Foto: Reprodução/Pixabay.

Os contratos futuros do petróleo fecharam em queda nesta terça-feira (4), mas reduziu as perdas de mais cedo, enquanto os investidores ponderam os riscos que uma guerra comercial generalizada podem ter sobre o mercado, um dia após a Organização dos Países Exportadores de Petróleo e Países Aliados (Opep+) decidir aumentar a produção da commodity a partir de abril, como já era esperado.

Na New York Mercantile Exchange (Nymex), o contrato de petróleo WTI para abril fechou em queda de 0,16% (US$ 0,11), a US$ 68,26 o barril, enquanto o Brent para maio, negociado na Intercontinental Exchange (ICE), recuou 0,81% (US$ 0,58), a US$ 71,04 o barril.

O anúncio de retaliações por China, Canadá e México, na sequência da entrada em vigor das tarifas anunciadas pelo presidente dos EUA, Donald Trump, alimentou nas últimas horas os temores dos investidores de desaceleração do crescimento global.

 “A reação negativa dos preços foi ainda mais exacerbada pelo clima de aversão ao risco desencadeado pelas escaladas lideradas pelos EUA na guerra comercial”, disse o MUFG.

Em nota publicada na segunda-feira, o cartel justifica “os fundamentos de mercado saudáveis” para a decisão e informa que “o aumento gradual pode ser pausado ou revertido” se isso for necessário.

É esperado que os aumentos de produção aconteçam na Arábia Saudita, Argélia, Cazaquistão, Emirados Árabes, Iraque, Kuwait, Omã e Rússia, e que até o final de 2025 os países estejam produzindo 31,650 milhões de barris diários (bpd), aumentando para 32,880 milhões até 2026.

Mais cedo, o Cazaquistão informou que irá antecipar o processo de compensação de superprodução de petróleo, como parte do acordo da Opep+.

O país irá “tomar medidas adicionais para cumprir com suas obrigações”, o que inclui a apresentação de um plano de compensação atualizado e antecipado para contabilizar seus volumes de compensação pendentes registrados desde janeiro de 2024.

O Citi acredita que o preço do barril Brent deve cair para a faixa de US$ 60 a US$ 65 entre os seis ou 12 próximos meses. O banco acredita que a maior produção pela Opep+ fornece mais espaço para sanções dos EUA contra o Irã e a Venezuela, importantes produtores do óleo.

Nesta tarde, o Departamento do Tesouro dos Estados Unidos formalizou o fim da licença que permitia à Chevron operar na Venezuela, e deu até o dia 3 de abril para que a empresa encerre suas operações no país.

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