A gigante automobilística norte-americana Ford anunciou planos nesta segunda-feira (10) para dar à sua subsidiária alemã uma injeção de dinheiro de vários bilhões de euros, enquanto luta em meio à lenta demanda por veículos elétricos.
A empresa disse que injetará até 4,4 bilhões de euros (US$ 4,77 bilhões) na operação para ajudá-la a pagar dívidas, ao mesmo tempo em que busca reduzir ainda mais os custos de produção.
“Para ter sucesso na Europa a longo prazo, devemos continuar a simplificar nossas estruturas, reduzir custos e aumentar a eficiência”, disse John Lawler, vice-presidente da Ford.
A Ford gastou US$ 2 bilhões convertendo uma fábrica para a produção de carros elétricos, mas as vendas dos veículos (EVs) na Europa diminuíram diante dos altos custos iniciais e da infraestrutura de carregamento escassa.
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Em novembro do ano passado, a Ford anunciou que estava cortando 4.000 empregos na Europa, principalmente na Alemanha, dizendo que estava buscando garantir a competitividade futura da empresa no continente.
A lenta transição para veículos elétricos é apenas um dos problemas enfrentados pela indústria automobilística atingida pela crise na Europa, que também está lutando contra altos custos e aumento da concorrência em mercados-chave como a China.
Em todo o continente, as vendas de novos veículos elétricos em volume caíram 5,9% em 2024 em relação a 2023, de acordo com a Associação Europeia de Fabricantes de Automóveis, mesmo com o número total de carros registrados crescendo 0,8%.
O apoio irregular dos governos contribuiu para a queda. O governo alemão removeu os subsídios para EVs no final de 2023, levando a fortes quedas nas vendas.
A Europa precisa de “uma agenda política clara” para promover carros elétricos, disse Lawler, particularmente com as montadoras enfrentando multas potencialmente pesadas se não cumprirem as novas metas de redução de emissões da UE.
“É essencial que todas as partes envolvidas – indústria, decisores políticos, sindicatos e parceiros sociais – trabalhem em conjunto para garantir o futuro da indústria automóvel europeia”, afirmou.
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