Ibovespa dispara e atinge maior nível desde dezembro
Publicado 14/03/2025 • 18:29 | Atualizado há 6 horas
Da moda ao álcool: veja quais setores estão sendo impactados pela guerra comercial entre EUA e UE
Spotify pagou mais de US$ 1 milhão em royalties a quase 1,5 mil artistas em 2024
Ações da Kering despencam 12% após nomeação de Demna Gvasalia como diretor artístico da Gucci
Nomeado de Trump para administrar serviços de saúde, Doutor Oz recua ao ser questionado sobre cortes no Medicaid
Ações da DocuSign disparam 14% com forte resultado financeiro e impulso da IA
Publicado 14/03/2025 • 18:29 | Atualizado há 6 horas
KEY POINTS
Ibovespa.
Unsplash.
O Ibovespa emendou uma sequência de subida nas três últimas sessões, o que gerou um ganho de 3,14% para o índice na semana, seu melhor desempenho desde o intervalo entre 5 e 9 de agosto do ano passado, quando havia avançado 3,78%.
Nesta sexta-feira, o índice da B3 oscilou dos 125.646,73 aos 129.194,14 pontos, saindo de abertura aos 125.646,73 pontos. No fechamento, sustentou alta de 2,64%, aos 128.957,09 pontos, após ganho de 1,43% na sessão anterior – e, como na quinta-feira, mostrando o maior avanço diário desde 14 de fevereiro (+2,70%).
O giro desta sexta-feira foi a R$ 27,3 bilhões. No mês, o Ibovespa B3 sobe 5,01% e, no ano, 7,21%.
O dia foi de recuperação em Nova York ao final de uma semana negativa nos Estados Unidos – com perdas na faixa de 2,27% (S&P 500) a 3,07% (Dow Jones), apesar de alta entre 1,65% (Dow Jones) e 2,61% (Nasdaq) na sessão desta sexta -, após o Ibovespa B3 já ter mostrado descolamento na quinta-feira, para cima. O dólar em baixa de 0,98%, a R$ 5,7433, confirma a percepção de que com os ativos relativamente esticados em NY – e em correção -, os investidores têm buscado diversificação com receio de que as medidas protecionistas de Trump cobrem preço do ritmo de atividade nos EUA.
A B3 registrou volume financeiro médio diário de R$ 25,714 bilhões em fevereiro deste ano. Embora em queda de 1,2% na comparação com o mesmo mês de 2024, houve, em relação a janeiro, crescimento de 9,1%, conforme dados da B3. Com volume diário no mercado à vista de ações a R$ 24,850 bilhões na média de fevereiro, houve queda de 0,4% na comparação de ano, mas avanço mensal de 9,7%.
Nesse contexto, nem mesmo o avanço observado na curva de juros doméstica – em especial após a notícia de que, com viagens dos presidentes da Câmara e do Senado, a votação do Orçamento deve ficar para abril – atrapalhou o ganho do Ibovespa na sessão, que o colocou no maior nível de fechamento desde 11 de dezembro.
Destaque para as blue chips, como Vale (ON +3,28%), Petrobras (ON +3,90%, PN +3,08%) e Itaú (PN +3,25%). Na ponta ganhadora, Automob (+16,67%), Magazine Luiza (+13,48%) e CSN (+11,82%). No lado oposto, Natura (-29,94%) em forte queda após decepção do mercado com os resultados do quarto trimestre, seguida por Azzas (-10,42%) e LWSA (-4,33%). “Na sessão, houve forte avanço do minério na China, o que favorece Vale, e algum alívio nas tensões comerciais em torno dos Estados Unidos”, diz Ian Lopes, economista da Valor Investimentos. Em Dalian, o ganho para o contrato futuro mais negociado foi de 2,32%, a US$ 109,59 por tonelada.
“O dia foi de propensão a risco desde a sessão asiática, com a expectativa por novos estímulos na China, e possibilidade de anúncio na semana que vem, o que contribui para o desempenho das commodities e de emergentes como o Brasil”, diz Matheus Spiess, analista da Empiricus Research. Ele acrescenta que o movimento é uma recuperação até ser ponto natural para o Ibovespa, considerando o nível de precificação local e o fato de os índices americanos, como o S&P 500, terem entrado em correção, acumulando ao menos 10% de queda em relação às máximas de 19 de fevereiro.
“Ainda há muito ruído em torno das tarifas de Trump, e não dá para declarar vitória sobre esse assunto”, diz Spiess.
Ele ressalva que a “pausa” no barulho em torno do protecionismo, observada nesta sexta-feira, contribuiu para alguma mitigação de danos, especialmente em Nova York, onde os índices de ações avançaram. “Rotação setorial começa a fazer sentido, dentro dos Estados Unidos e para outras regiões também, o que se reflete em fluxo estrangeiro inclusive para Brasil após um fim de 2024 bem ruim. Valuation continua atrativo”, afirma.
Para Bruna Centeno, sócia e advisor da Blue3 Investimentos, após uma semana em geral marcada por cautela, o dia foi de reviravolta no apetite por risco – marcado também, no plano doméstico, por nova pesquisa de popularidade, em baixa, do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, acrescenta. “Reprovação do governo Lula tem chamado atenção para a sucessão de 2026, o que contribui também para a Bolsa”.
Ainda assim, o mercado financeiro está um pouco mais conservador em relação ao comportamento das ações no curtíssimo prazo. É o que mostra o Termômetro Broadcast Bolsa desta sexta-feira. Entre os participantes, a fatia dos que esperam ganhos para o Ibovespa na próxima semana recuou para 42,86%, ante 50% na edição anterior. Os que preveem estabilidade agora são 14,29%, de 16,67%. E a parcela dos que estimam uma semana de perdas para o índice subiu de 33,33% para 42,86%.
______
📌 ONDE ASSISTIR AO MAIOR CANAL DE NEGÓCIOS DO MUNDO NO BRASIL:
🔷 Canal 562 ClaroTV+ | Canal 562 Sky | Canal 592 Vivo | Canal 187 Oi | Operadoras regionais
🔷 TV SINAL ABERTO: parabólicas canal 562
🔷 ONLINE: www.timesbrasil.com.br | YouTube
🔷 FAST Channels: Samsung TV Plus, Pluto TV, Soul TV, Zapping | Novos Streamings
Mais lidas
CEO sorriso: de moquecas à onboardings, a estratégia de Julio Brito, da Swile no Brasil
BMW registra queda de 37% no lucro líquido anual e alerta para demanda 'contida' da China
Irlanda anuncia doação de R$ 91 milhões ao Fundo Amazônia
Smart Fit projeta abrir de 340 a 360 novas academias em 2025
Ouro fecha acima de US$ 3.000 pela 1ª vez na história; alta é puxada por incerteza econômica