Economia brasileira cresceu 0,3% de dezembro para janeiro, aponta estudo da FGV
Publicado 18/03/2025 • 18:20 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 18/03/2025 • 18:20 | Atualizado há 7 horas
KEY POINTS
Economia brasileira apresenta crescimento, diz FGV.
Pixabay.
Incertezas no cenário econômico internacional, provocadas pelo presidente americano Donald Trump, e o alto patamar dos juros no Brasil levaram à desaceleração da economia brasileira no começo de 2025.
Conforme a previsão da Fundação Getulio Vargas (FGV), a economia do país cresceu 0,3% de dezembro de 2024 para janeiro deste ano. De novembro para dezembro, a expansão havia sido de 0,5%.
A constatação da desaceleração faz parte do Monitor do PIB, estudo mensal elaborado pelo Instituto Brasileiro de Economia (Ibre) da FGV, divulgado nesta terça-feira (18). A pesquisa estima o comportamento do Produto Interno Bruto (PIB), indicador que representa o conjunto de todos os bens e serviços produzidos no país.
Os dados são dessazonalizados, ou seja, foram excluídas variações sazonais, de forma que seja possível comparar períodos diferentes.
O levantamento da FGV mostra que, em janeiro de 2025, a economia apresentou uma expansão de 2,5% em relação ao mesmo mês de 2024. No acumulado de 12 meses, o crescimento do país foi de 3,2%.
Segundo a coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, embora a economia apresente resultados positivos, “há um processo disseminado de desaceleração”.
“A elevação da incerteza externa, aliada à alta taxa de juros interna, com tendência de aumento ao longo do ano, sinaliza dificuldades de crescimento nos setores mais relacionados ao ciclo econômico, como o industrial e o de investimentos”, afirma.
O cenário de incerteza citado pela economista está ligado à volta de Donald Trump à presidência dos Estados Unidos, em janeiro. Desde que reassumiu o cargo, o republicano tem anunciado medidas para proteger setores econômicos de seu país contra a concorrência estrangeira, vistas por especialistas como indutoras de uma recessão global. Entre elas está a taxação do aço e do alumínio de países parceiros, o que afeta diretamente o Brasil.
Outro fator que contribui para a desaceleração da economia brasileira é a taxa básica de juros, a Selic, que determina o patamar geral dos juros no país. A Selic elevada é a principal ferramenta de política monetária do Banco Central (BC) para o controle da inflação. Quando há aumento da taxa, ocorre um desestímulo à contratação de crédito e ao consumo, reduzindo a pressão da demanda sobre os preços.
Atualmente, a taxa está em 13,25% ao ano, e há expectativa de mais um aumento nesta semana, quando será realizada a reunião do Comitê de Política Monetária (Copom) do BC. As reuniões do Copom ocorrem, aproximadamente, a cada 45 dias. Se confirmada a alta, será a quinta elevação desde 31 de julho, quando os juros estavam em 10,5% ao ano.
Apesar dos freios impostos pelo cenário externo e pelos juros elevados, Juliana Trece acredita que, caso se confirme o recorde esperado da safra agrícola para este ano, “o resultado positivo na agropecuária pode indicar um alívio para a atividade econômica”.
De acordo com a estimativa anunciada na quinta-feira (13) pela Companhia Nacional de Abastecimento (Conab), a safra de grãos 2024/25 será recorde, com 328,3 milhões de toneladas, uma expansão de 10,3% em relação à safra 2023/24.
Para demonstrar a perda de ritmo da economia, o estudo da FGV analisou o comportamento do consumo das famílias, que subiu 2,6% no trimestre móvel encerrado em janeiro. Foi o terceiro trimestre móvel consecutivo de desaceleração e o menor crescimento desde o período encerrado em dezembro de 2023 (2,6%).
“Os menores crescimentos registrados nos bens de consumo duráveis, não duráveis e de serviços explicam essa desaceleração”, detalha o estudo.
O Monitor do PIB também aponta que a taxa de variação da Formação Bruta de Capital Fixo, indicador que reflete o nível de investimento — como compras de máquinas e equipamentos —, cresceu 8,8% no trimestre encerrado em janeiro de 2025. Esse foi o quarto trimestre móvel consecutivo de desaceleração nos investimentos.
As exportações, ou seja, as vendas do Brasil para outros países, caíram pela segunda vez consecutiva (-2,5%), influenciadas pelo desempenho negativo dos produtos agropecuários e da indústria extrativa mineral. Esse foi o pior resultado desde junho de 2022, quando houve uma retração de 4,1%.
O Monitor do PIB é um dos estudos que servem como prévia do comportamento real da economia brasileira. Outro levantamento é o Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), divulgado nesta segunda-feira (17), que indicou uma expansão de 0,9% na passagem de dezembro para janeiro.
O resultado oficial do PIB é apresentado trimestralmente pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A próxima divulgação será referente ao primeiro trimestre de 2025, em 30 de maio.
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