Após sete pregões de queda, dólar fecha em alta em dia ruim para divisas emergentes
Publicado 20/03/2025 • 18:32 | Atualizado há 23 horas
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Publicado 20/03/2025 • 18:32 | Atualizado há 23 horas
KEY POINTS
O mercado financeiro projeta que a taxa de câmbio se mantenha acima de R$ 6 no curto prazo
Foto: Marcello Casal Jr./Agência Brasil
Após sete pregões consecutivos de baixa, em que acumulou desvalorização de 3,49%, o dólar encerrou a sessão desta quinta-feira (20) em alta moderada, no nível de R$ 5,67. Operadores afirmam que o avanço da moeda norte-americana no exterior, diante de receios sobre o fôlego da atividade nos EUA com a imposição de tarifas pelo governo Donald Trump, abriu espaço para ajustes e realização de lucros no mercado doméstico.
O real apresentou desempenho melhor que a maioria de seus pares latino-americanos. A avaliação é a de que a sinalização da quarta-feira do Comitê de Política Monetária (Copom) de pelo menos mais uma alta da taxa Selic neste ano tende a tornar o real menos vulnerável a uma eventual escalda do dólar no exterior.
Pela manhã, o BC vendeu oferta integral de US$ 2 bilhões em dois leilões de linha para rolar os vencimentos de 2 de abril, mantendo o mercado irrigado em momento de fluxo cambial negativo. Já o Tesouro vendeu 10 milhões de NTN-F, papel preferido pelo investidor estrangeiro, com volume de R$ 8,24 bilhões.
Com máxima a R$ 5,6814, o dólar à vista terminou o dia em alta de 0,49%, a R$ 5,6758.
Apesar do repique nesta quinta, a moeda ainda apresenta queda de 1,18% na semana, levando as perdas em março para 4,07%. No ano, o dólar já acumula desvalorização de 8,16%.
O economista-chefe da Western Asset, Adauto Lima, lembra que havia espaço para uma correção das divisas emergentes, que vem de uma onda forte de valorização amparada pela derrocada da tese do “excepcionalismo” norte-americano.
“Ontem, o real até se beneficiou do tom mais dovish do que se imaginava do Federal Reserve, com a redução das projeções de crescimento dos EUA e a fala de Jerome Powell”, afirma Lima, em referência ao presidente do BC dos Estados Unidos. “Mas hoje vemos uma correção com risco de retração mais forte da economia dos EUA.”
Lá fora, o índice DXY — termômetro do comportamento do dólar em relação a uma cesta de seis divisas forte — chegou a superar a linha dos 104.000 pontos, com máxima aos 104,130 pontos. No fim da tarde, avançava cerca de 0,40%, na casa dos 103,800 pontos, graças a ganhos de 0,50% em relação ao euro.
Na quarta, Powell alertou para o ambiente de incerteza elevada em razão da política protecionista e imigratória de Trump. Dirigentes do Fed rebaixaram a projeção de crescimento deste ano de 2,1% para 1,7%.
Powell disse ser difícil avaliar o impacto das tarifas sobre a dinâmica inflacionária, mas ponderou que, por ora, os efeitos parecem ser “transitórios”. Apesar da piora recente do sentimento do consumidor nos EUA, indicadores econômicos ainda mostram solidez da atividade.
No início da tarde desta quinta, a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, afirmou que 2 de abril, data prevista para anúncio de tarifas recíprocas, será um “grande dia” para os EUA.
Lima, da Western Asset, observa que, paradoxalmente, uma degringolada da economia americana tende a se traduzir em um dólar mais forte, dado o aumento da aversão ao risco. “Se tiver o risco realmente de uma recessão nos EUA, o dólar tende a se fortalecer em relação às outras moedas. Caso contrário, podemos ver a continuidade de apreciação das divisas emergentes como o real”, afirma o economista.
Por ora, o quadro global parece dominar a dinâmica do mercado de câmbio, com as questões internas em segundo plano. A leitura de analistas é a de que a percepção de risco fiscal já está em grande parte refletida na taxa de câmbio.
A Comissão Mista de Orçamento (CMO) aprovou nesta quinta à tarde o relatório final do projeto da Lei Orçamentária Anual (PLOA) com previsão de superávit primário de R$ 15 bilhões neste ano, considerando a retirada do pagamento de precatórios do limite anual de gastos.
Outro ponto destacado é que o atual ciclo de aperto monetário, cujo mais recente capítulo foi a alta da taxa Selic na quarta-feira em 1 ponto porcentual, para 14,25% ao ano, torna muito custoso o carregamento de posições na moeda americana e estimula o apetite pelo carry trade.
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