“Não existe um mundo de carbono neutro que não passe pelo Brasil”, diz Carlos Pereira
Publicado 26/03/2025 • 21:20 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 26/03/2025 • 21:20 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Estreou nesta quarta-feira, no Jornal Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC, o quadro Capital Sustentável, com apresentação do especialista em sustentabilidade Carlos Pereira. Ex-CEO do Pacto Global da ONU e conselheiro de grandes companhias multinacionais, Carlos chega para contribuir semanalmente com análises sobre o papel do Brasil na transição global para uma economia de baixo carbono.
Logo na estreia, o foco recaiu sobre a oportunidade estratégica que o país tem ao sediar a COP30 em Belém do Pará, em 2025. “Não existe um mundo neutro em carbono que não passe pelo Brasil”, afirmou Carlos. Seja pelas reservas minerais, pela matriz energética limpa ou pela produtividade no agronegócio, o país já desempenha papel essencial na agenda climática.
Dados apresentados por Carlos revelam a força brasileira na economia verde: mais de 90% da eletricidade consumida no Brasil é renovável — contra uma média global de 25%. No agronegócio, a produtividade de commodities aumentou em 600% nas últimas décadas, com biocombustíveis como etanol e biodiesel ganhando espaço na matriz energética.
“Já somos essa potência”, ressaltou Carlos. “O que falta é comunicar isso melhor. O Brasil é o país com maior área preservada entre os grandes emissores e tem uma das legislações ambientais mais avançadas do mundo.”
Mesmo com um cenário promissor, o chamado “Custo Brasil” ainda representa um obstáculo. Burocracia, alta carga tributária e insegurança jurídica dificultam a atração de investimentos pesados em setores estratégicos como veículos elétricos, baterias e hidrogênio verde.
Carlos defendeu uma mudança no papel do país: “Em vez de exportar commodities, temos que exportar baterias, hidrogênio verde, tecnologia”. A geopolítica atual, segundo ele, favorece a reindustrialização verde e posiciona o Brasil como protagonista da nova economia climática.
O agronegócio brasileiro, frequentemente apontado como vilão da agenda ambiental, também foi tema da conversa. Carlos destacou que grande parte das emissões atribuídas ao setor vem, na verdade, de desmatamentos ilegais — “casos de polícia” que não representam o setor produtivo. “Falta comunicação. A Maggi, por exemplo, é a empresa que entrega a soja com menor pegada de carbono na Europa.”
Questionado sobre os impactos de uma possível volta de Donald Trump à presidência dos EUA e os retrocessos na agenda ESG, Carlos minimizou os efeitos. “O trem já saiu da estação”, afirmou. Segundo ele, estados, municípios e empresas norte-americanas seguem firmes em seus compromissos ambientais, independentemente de decisões federais.
China e Europa, por sua vez, aceleram seus investimentos em tecnologia limpa, consolidando a economia verde como irreversível. “A China vai atingir em 2025 a meta de carros elétricos prevista para 2035”, exemplificou.
Sobre a estrutura de Belém para sediar a COP30, Carlos foi direto: “Ainda não está pronta, mas vai ficar”. Com mais de R$ 5 bilhões em investimentos já destinados a obras de infraestrutura e hotelaria, a cidade deve estar apta a receber líderes e representantes do mundo todo em 2025.
Entre as soluções inovadoras para acomodar os participantes estão reformas em embarcações militares para funcionamento como hotéis, navios temporários e parcerias com plataformas como o Airbnb. “É diferente da Copa do Mundo. As obras agora são necessárias para a população”, concluiu.
Com a estreia do quadro Capital Sustentável, o Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC reforça seu compromisso com a cobertura de temas estruturais para o futuro do país — e do planeta. Carlos Pereira retorna na próxima quarta-feira com mais análises sobre os rumos da economia de baixo carbono.
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