EUA ‘não permitirá’ influência da China no Canal do Panamá
Publicado 09/04/2025 • 00:19 | Atualizado há 2 meses
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Publicado 09/04/2025 • 00:19 | Atualizado há 2 meses
KEY POINTS
Foto: Panama Canal Authority/Divulgação
O governo de Donald Trump “não permitirá” que a China “coloque em perigo” a operação do Canal do Panamá, advertiu nesta terça-feira (8), na capital panamenha, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, o que Pequim rechaçou.
O chefe do Pentágono é o segundo alto funcionário americano a visitar o Panamá desde que Trump assumiu o poder em janeiro e prometeu “recuperar” a via interoceânica estratégica construída pelos Estados Unidos, sob o argumento de que está sob influência da China.
“Hoje o Canal do Panamá enfrenta novas ameaças. Os Estados Unidos não permitirão que a China comunista nem qualquer outro país coloquem em perigo a operação nem a integridade do canal”, disse Hegseth em um discurso em uma base naval, na entrada da via pelo Pacífico.
Trump inclusive não descartou o uso da força para retomar o controle da rota por onde passa cerca de 5% do comércio marítimo mundial, entregue ao Panamá pelos Estados Unidos em 1999, em virtude de tratados bilaterais.
Contudo, “Hegseth reconheceu a liderança e a soberania irrenunciável do Panamá sobre o canal” e áreas adjacentes, segundo um comunicado conjunto do funcionário americano e do presidente panamenho José Raúl Mulino, publicado após uma reunião entre os dois.
O secretário de Defesa americano assegurou que ambos os países reforçarão a cooperação para manter “o canal seguro” e afastá-lo da “influência” chinesa.
“Quero ser muito claro. A China não construiu este canal, não opera este canal. E a China não utilizará este canal como arma”, afirmou.
Em reiteradas ocasiões, Mulino negou a interferência de Pequim na operação da rota, mas o secretário de Defesa norte-americano insistiu em que “empresas chinesas continuam tendo controle sobre a infraestrutura crítica na zona do canal”.
“Isso dá à China a possibilidade de realizar atividades de vigilância” e “faz com que Panamá e Estados Unidos estejam menos seguros”, acrescentou.
Por sua vez, a embaixada de Pequim no Panamá classificou as palavras de Hegseth de irresponsáveis e sem fundamentos, e pediu a Washington que pare com a “chantagem” e a “espoliação” contra este país da América Central.
A China “nunca” interferiu na gestão do canal, ressaltou a missão diplomática.
‘Trump, tire suas mãos do Panamá’
O chefe do Pentágono visitou as eclusas do canal acompanhado pelo administrador do canal, Ricaurte Vásquez, uma base naval em Colón (Caribe) e, na quarta-feira, participará de uma conferência de segurança com funcionários de governos centro-americanos.
Washington considera uma “ameaça” à segurança nacional e regional o fato de a empresa Hutchison Holdings, de Hong Kong, operar os portos de Balboa (Pacífico) e Cristóbal (Atlântico), em ambas as entradas do canal.
Na segunda-feira, pouco antes da chegada de Hegseth, a Controladoria do Panamá divulgou o resultado de uma auditoria segundo a qual a subsidiária da empresa chinesa descumpriu o contrato e, entre várias irregularidades, não entregou ao país cerca de 1,2 bilhão de dólares (R$ 7,12 bilhões) que lhe correspondem pela concessão portuária.
Em meio às tensões, a Hutchison anunciou em 4 de março que venderia seus portos no Panamá para um consórcio americano. Mas o negócio não foi fechado na data prevista devido a uma investigação em andamento dos reguladores chineses. Essa transação foi considerada por Trump como parte do processo para “recuperar” o canal.
A viagem de Hegseth ao Panamá segue a realizada em fevereiro pelo secretário de Estado, Marco Rubio, que pediu ao governo do Panamá medidas concretas para reduzir a presença da China no país.
Durante essa visita, Mulino anunciou que não renovaria o acordo comercial e econômico conhecido como a Faixa e a Rota, projeto emblemático do governo de Xi Jinping, assinado em 2017 pelo Panamá.
O chefe do Pentágono elogiou nesta terça-feira a decisão de Mulino: “É um reflexo de quão bem o seu governo entende a ameaça que a China representa.”
Cerca de 200 pessoas, convocadas por sindicatos e organizações de esquerda, protestaram no centro da cidade contra a visita do funcionário americano.
Os manifestantes agitaram bandeiras panamenhas e queimaram a dos Estados Unidos. Um dos cartazes que carregavam dizia: “Trump, tire suas mãos do Panamá.”
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