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Tarifas do Trump

Com turbulência tarifária, mais da metade dos CEOs espera uma recessão nos próximos meses

Publicado 14/04/2025 • 09:42 | Atualizado há 1 uma semana

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • Uma parcela crescente dos principais executivos dos EUA vê uma recessão no horizonte, de acordo com uma pesquisa mensal da Chief Executive divulgada nesta segunda-feira (14).
  • Os dados vêm enquanto a implementação das tarifas pelo presidente Donald Trump fez os mercados financeiros oscilarem e preocupou o mundo dos negócios.
Sede do Goldman Sachs em Nova York.

Sede do Goldman Sachs em Nova York.

Bloomberg | Bloomberg | Getty Images (Reprodução CNBC Internacional)

Uma maioria crescente dos principais executivos americanos agora espera que a economia dos EUA entre em recessão em um futuro próximo, de acordo com uma pesquisa divulgada na segunda-feira (14).

Dos mais de 300 CEOs entrevistados em abril, 62% disseram prever uma recessão ou outro declínio econômico nos próximos seis meses, segundo a Chief Executive, um grupo do setor que conduz a pesquisa. Isso representa um aumento em relação aos 48% que disseram o mesmo em março.

Os dados da Chief Executive destacam a crescente preocupação no meio corporativo americano sobre o futuro da economia dos EUA. Os temores sobre uma recessão iminente atingiram o ponto de ebulição nas últimas duas semanas, à medida que a política tarifária intermitente do presidente Donald Trump aumentou a volatilidade nos mercados financeiros e gerou pânico entre alguns consumidores.

De fato, cerca de três quartos dos CEOs pesquisados disseram que as tarifas prejudicariam seus negócios em 2025. Cerca de dois terços disseram não apoiar as tarifas propostas por Trump, muitas das quais estão atualmente suspensas.

Ansiedade econômica entre executivos

A pesquisa mensal, realizada desde 2002, inclui diversos dados que traçam um panorama preocupante de como os principais líderes empresariais dos EUA veem a economia.

Um índice sobre a percepção dos CEOs em relação às condições atuais dos negócios caiu 9% em abril, dando continuidade à queda após um mergulho de 20% no mês anterior. A medida agora está no nível mais baixo desde os primeiros meses da pandemia em 2020.

Ao prever as condições de negócios para o ano seguinte, os CEOs mantiveram sua visão estável em relação a março. Ainda assim, essas leituras foram as mais baixas desde o final de 2012 e caíram cerca de 29% desde o fim de 2024.

A pesquisa descobriu que mais de quatro em cada cinco CEOs projetam aumento de custos neste ano — o que não é surpresa, dado as negociações em curso sobre tarifas de importação entre a Casa Branca e países estrangeiros. Cerca de metade prevê aumentos percentuais de despesas em dois dígitos.

Nesse contexto, apenas 37% disseram acreditar que os lucros de suas empresas vão crescer. Isso representa uma queda acentuada em relação aos 76% que deram essa resposta em janeiro.

O conjunto de dados da Chief Executive também incluiu alguns pontos positivos. Pouco mais da metade dos entrevistados disse prever uma melhora nas condições de negócios ao longo do próximo ano — um aumento em relação aos 39% do mês anterior.

Muitos CEOs podem receber algum alívio tarifário. Trump anunciou na sexta-feira (11), no fim do dia, que smartphones e computadores pessoais estariam isentos das tarifas, embora o secretário de Comércio, Howard Lutnick, tenha dito no domingo (13) que essas isenções seriam temporárias.

Os dados da Chief Executive chegam no momento em que líderes empresariais dos EUA começaram a emitir sinais de alerta sobre o futuro econômico do país.

O CEO do JPMorgan Chase, Jamie Dimon, disse na sexta-feira que espera uma queda nas estimativas de lucro para empresas do S&P 500 devido à incerteza em torno das tarifas de Trump. Também na sexta-feira, o CEO da BlackRock, Larry Fink, alertou que a economia dos EUA pode já ter enfraquecido a ponto de registrar crescimento negativo.

“Acho que estamos muito perto, senão já [estamos] em uma recessão”, disse Fink no programa “Squawk on the Street”, da CNBC.

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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