Papa Francisco promoveu reformas financeiras e combate à corrupção no Vaticano
Publicado 21/04/2025 • 16:29 | Atualizado há 6 horas
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Publicado 21/04/2025 • 16:29 | Atualizado há 6 horas
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O Papa Francisco morreu nesta segunda-feira (21), vítima de um AVC, seguido por coma e colapso cardiovascular irreversível.
Mazur/cbcew.org.uk
O Papa Francisco, que morreu nesta segunda-feira (21), vítima de um AVC, deixa como legado reformas históricas no Vaticano, incluindo a maior transparência financeira e controle da Igreja Católica. Ao longo de seus 12 anos de pontificado, o Papa argentino modernizou as finanças da Santa Sé e buscou garantir uma gestão mais ética e responsável dos recursos da Igreja.
Logo após sua eleição, em 2013, Francisco se deparou com um Vaticano envolvido em escândalos financeiros. Entre os episódios estava o caso do investimento em um edifício londrino, que resultou em perdas milionárias para o Estado da Cidade do Vaticano. Diante disso, o papa adotou uma série de medidas para romper com a cultura do sigilo e trazer uma gestão mais responsável dos fundos da Igreja.
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Uma das reformas foi a criação, em 2014, da Secretaria para a Economia, uma estrutura administrativa com autoridade sobre todas as atividades econômicas e administrativas da Santa Sé e do Estado da Cidade do Vaticano. A decisão foi formalizada por meio do motu proprio Fidelis dispensator et prudens, publicado em 24 de fevereiro daquele ano.
A medida tinha como objetivo garantir maior controle e supervisão sobre os recursos do Vaticano, rompendo com a gestão desorganizada do passado.
Ao mesmo tempo, foi criado o “Conselho dos 15”, composto por cardeais, bispos e especialistas em finanças. O objetivo do conselho era assegurar que as políticas econômicas fossem implementadas de forma eficaz e transparente. Essa mudança representou uma ruptura com práticas antigas, onde a falta de supervisão resultava em episódios de corrupção e gestão irresponsável.
Ainda em 2014, Francisco também suspendeu o sigilo bancário no Vaticano e passou a exigir maior fiscalização sobre o “Instituto para Obras Religiosas” (IOR), o Banco do Vaticano.
Na época, o Papa determinou o fechamento de 5 mil contas suspeitas de irregularidades e introduziu regras mais rigorosas para investimentos e transações financeiras. Essas ações foram parte de um esforço para afastar o Vaticano da lista de paraísos fiscais.
As reformas financeiras do Papa Francisco enfrentaram resistência interna, especialmente na Cúria Romana, mas o pontífice manteve a implementação de mudanças.
Ele modernizou a administração financeira e estabeleceu regras para garantir práticas éticas, incluindo a exigência de que empresas que participassem de licitações no Vaticano comprovassem compromisso com a segurança no trabalho e evitassem vínculos com atividades ilícitas, como lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.
Em 2023, o cardeal Giovanni Angelo Becciu foi condenado pelo Tribunal do Vaticano por sua participação no caso do investimento da Santa Sé no edifício de Londres.
O julgamento de Becciu foi o primeiro de um cardeal em um tribunal civil do Vaticano e foi considerado um marco na tentativa do Papa Francisco de combater a corrupção nas finanças da Igreja.
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