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Papa se esforçou mesmo sabendo que “não lhe restava muito tempo”, diz fonte do Vaticano
Publicado 21/04/2025 • 16:58 | Atualizado há 6 meses
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Publicado 21/04/2025 • 16:58 | Atualizado há 6 meses
KEY POINTS
Papa Francisco durante a sua última aparição pública, no domingo de Páscoa (20)
Vatican News
O Papa Francisco parecia visivelmente exausto ao percorrer a Praça São Pedro em seu papamóvel no domingo de Páscoa, ovacionado por uma multidão emocionada, naquele que se tornou seu último ato público.
Aos 88 anos e debilitado após cinco semanas internado com um quadro de pneumonia dupla, alguns no Vaticano suspeitam que o líder da Igreja Católica sabia que suas forças estavam chegando ao fim.
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Entre os fiéis que se reuniram em frente ao Vaticano nesta segunda-feira (21) para rezar após o anúncio da morte de Francisco, muitos viram sua aparição na Páscoa como um sinal de que o papa doente estava se recuperando.
Embora os médicos tenham recomendado dois meses de repouso, o pontífice argentino havia gradualmente retomado suas atividades no mês seguinte à alta hospitalar. A aparição no domingo de Páscoa foi a mais recente de várias ocorridas nas duas semanas anteriores.
“Temos a impressão de que ele queria ir até o fim”, mantendo o contato com o povo, “ele era o papa do povo”, disse uma fonte do Vaticano à AFP, sob condição de anonimato.
“Ele não morreu no hospital, isolado do mundo. Teve tempo de voltar, dar sua bênção, viver a Páscoa. Estamos todos comovidos.”
Assim que recebeu alta do hospital Gemelli, em Roma, o líder dos 1,4 bilhão de católicos no mundo — conhecido por sua teimosia — não perdeu tempo e logo retomou suas atividades.
Em 6 de abril, menos de duas semanas após deixar o hospital, Francisco fez sua primeira aparição pública no Vaticano, após uma missa dedicada aos doentes na Praça São Pedro, surpreendendo os presentes.
“Feliz domingo a todos. Muito obrigado”, sussurrou, com voz fraca, ainda utilizando uma cânula nasal para receber oxigênio.
As aparições públicas improvisadas continuaram. Em 10 de abril, ele entrou na Basílica de São Pedro para inspecionar reformas recentes. Sentado em uma cadeira de rodas, com calças escuras e um poncho sobre o peito, lembrava mais um idoso em uma casa de repouso do que um papa.
No dia anterior, teve uma breve audiência privada com o rei Charles III e a rainha Camilla, do Reino Unido, e, em 12 de abril, saiu do Vaticano para rezar na Basílica de Santa Maria Maior, no centro de Roma — onde será sepultado.
O Vaticano continuou divulgando boletins ocasionais sobre a saúde do papa. Informava que Francisco apresentava melhora lenta, com avanços na respiração e na mobilidade.
Em sua residência na Casa Santa Marta, dentro do Vaticano, ele assistia à missa todas as manhãs, no segundo andar, e trabalhava em seu escritório.
Cercado dia e noite por uma equipe médica, assinava documentos, escrevia cartas e rezava.
Para marcar o início da Semana Santa, apareceu em 13 de abril para a missa do Domingo de Ramos. De sua cadeira de rodas, empurrada pela Praça São Pedro, cumprimentou fiéis e distribuiu doces para as crianças.
Apesar de ter delegado as principais celebrações da semana a cardeais, o papa foi até uma prisão precária e superlotada em Roma, na Quinta-feira Santa, para cumprimentar cerca de 70 detentos.
Questionado, ao sair, sobre como estava enfrentando a Semana Santa, respondeu: “Do melhor jeito que posso”.
Embora alguns tenham considerado imprudentes essas saídas, elas não surpreenderam os que conheciam o temperamento determinado do ex-arcebispo de Buenos Aires, que sempre defendeu os pobres, os marginalizados, os doentes e os idosos.
A fonte do Vaticano disse entender os motivos do papa: “Ele sabia que não lhe restava muito tempo e, por isso, precisava fazer coisas importantes”.
Teria sido demais? No domingo, ao aparecer na varanda da Basílica de São Pedro para a tradicional bênção “Urbi et Orbi” (“À cidade e ao mundo”), ele parecia exausto.
“Queridos irmãos e irmãs, Feliz Páscoa”, disse, em voz fraca, antes de delegar a leitura de sua mensagem a outra pessoa.
Ofegante, fez a bênção tradicional em latim.
Foram suas últimas palavras públicas.
Mas o papa ainda guardava uma última surpresa.
Sentado em seu papamóvel branco, percorreu a praça sob os gritos de “Papa Francisco”, levantando levemente a mão para acenar e parando algumas vezes para abençoar bebês apresentados a ele.
Foi o capítulo final de 12 anos de pontificado, que Francisco levou adiante até o último dia.
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