Um guindaste descarrega ervilhas importadas do Canadá na área portuária de Laizhou, no Porto de Yantai, em Yantai, China, em 28 de fevereiro de 2025.

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Tarifas do Trump

CNBC Daily Open: ‘America First’ de Trump pode deixar os EUA para trás

Publicado 28/04/2025 • 09:05 | Atualizado há 6 horas

CNBC

Redação CNBC

KEY POINTS

  • As ações fecharam a semana passada no verde, mas os futuros dos EUA caíram ligeiramente na noite de domingo, horário local.
  • Em uma reunião do Politburo na sexta-feira (25), a China pediu mais apoio econômico.
  • O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou na quinta-feira (24) uma ordem executiva para impulsionar a mineração em águas profundas.
  • Os países do Sudeste Asiático estão se voltando uns para os outros diante das tarifas de Trump e da crescente guerra comercial entre EUA e China.
  • Esta semana está repleta de relatórios de lucros dos “Sete Magníficos”, bem como dados de inflação e empregos.
Um Boeing 737 da Southwest Airlines parte do Aeroporto Internacional de San Diego com uma bandeira americana em primeiro plano em 20 de abril de 2025 em San Diego, Califórnia, EUA.

Um Boeing 737 da Southwest Airlines parte do Aeroporto Internacional de San Diego com uma bandeira americana em primeiro plano em 20 de abril de 2025 em San Diego, Califórnia, EUA.

Kevin Carter | Getty Images News | Getty Images (Redação CNBC)

A ideologia “America First” (“América Primeiro”) do presidente dos EUA, Donald Trump, que, de modo geral, prioriza o doméstico em detrimento do internacional, baseia-se na suposição de que o mundo precisa mais da América do que a América do mundo.

Isso pode ser verdade para o status quo. Os EUA são o maior importador mundial e estão entre os maiores exportadores, segundo a World Integrated Trade Solution, um banco de dados fornecido pela Organização Mundial do Comércio.

Mas mudanças estão em andamento. Países estão encontrando maneiras de responder aos gestos nacionalistas de Trump.

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Nações do Sudeste Asiático, que sofreram o impacto das tarifas de Trump, estão se unindo para aumentar o comércio intra-regional e diversificar seus destinos de exportação. A China, após avaliar a gravidade das ameaças de Trump, parece pronta para fortalecer seu estímulo fiscal.

Não é como se os EUA tivessem o monopólio sobre todos os aspectos dos assuntos internacionais, também. A China controla grande parte da cadeia de suprimento de elementos de terras raras, bem como minerais críticos como níquel e cobre. O sinal verde de Trump para a mineração submarina desses elementos é um sinal de que os EUA estão correndo atrás da China.

Uma política “America First” pode ter efeito reverso, ao levar outros países a tomar medidas que poderiam deixar os EUA para trás.

O que você precisa saber hoje?

Semana de ganhos para as ações

Os principais índices dos EUA subiram na sexta-feira (26), concluindo a semana em alta. O S&P 500 subiu 0,74% na sexta-feira, marcando sua primeira sequência de quatro dias de alta desde janeiro. O Nasdaq Composite avançou 1,26% e o Dow Jones Industrial Average subiu 0,05%. No entanto, os futuros de ações caíram ligeiramente na noite de domingo, horário local. O índice regional europeu Stoxx 600 subiu 0,35% na sexta-feira, seu quarto ganho diário consecutivo. O FTSE 100 do Reino Unido fechou em alta de 0,1%, sua décima sessão positiva consecutiva, estendendo sua maior sequência de vitórias desde 2019.

China pede mais apoio econômico

A China planeja ajudar empresas em dificuldades com “múltiplas medidas” e pediu “reduções oportunas” das taxas de juros diante de “choques externos aumentados”, segundo um comunicado de uma reunião do Politburo presidida na sexta-feira pelo presidente Xi Jinping, traduzido pela CNBC. A reunião do Politburo, o segundo órgão político mais poderoso da China, ocorre enquanto a guerra comercial entre os EUA e a China se intensifica.

Trump assina ordem para impulsionar a mineração submarina
O presidente dos EUA, Donald Trump, assinou na quinta-feira uma ampla ordem executiva para dar início à prática controversa da mineração submarina, que usa máquinas pesadas para remover minerais e metais do fundo do mar. A medida tenta reforçar o acesso dos EUA a minerais estrategicamente importantes como níquel, cobre e elementos de terras raras, compensando a posição dominante da China nas cadeias de fornecimento desses minerais críticos.

Países do Sudeste Asiático se voltam uns para os outros

Países asiáticos orientados para exportação foram duramente atingidos pelas tarifas “recíprocas” de Trump e pela subsequente guerra comercial EUA-China. A China é um dos maiores parceiros comerciais desses países, enquanto os EUA atuam como parceiro estratégico em áreas como defesa e desenvolvimento. Em vez de escolher um lado, no entanto, as nações da região estão desenvolvendo suas próprias economias e fortalecendo os laços comerciais entre si.

Olhos voltados para balanços e dados

Mais de 180 empresas do S&P 500 divulgarão seus resultados esta semana, tornando este o período mais movimentado da temporada de balanços do primeiro trimestre, observa Sarah Min, da CNBC. Empresas para ficar de olho incluem Meta Platforms, Microsoft, Amazon e Apple. Os investidores também devem observar o índice de preços de despesas de consumo pessoal, que será divulgado na quarta-feira (30), e os dados de folha de pagamento não agrícola, divulgados na sexta-feira (2/5).

E, finalmente…

Trabalho da inflação quase concluído, mas riscos tarifários pairam — o que membros do Banco Central Europeu disseram esta semana

Formuladores de políticas do Banco Central Europeu com quem a CNBC conversou durante as Reuniões de Primavera do Banco Mundial e do Fundo Monetário Internacional esta semana mantiveram, em geral, um tom moderado, indicando que viam as taxas de juros continuando a cair e poucos riscos de alta para a inflação da zona do euro.

Christine Lagarde, presidente do Banco Central Europeu, disse que o “processo desinflacionário está tão bem encaminhado que estamos próximos da conclusão.”

No entanto, todos enfatizaram os atuais altos níveis de incerteza, a necessidade de continuar monitorando os dados e os altos riscos para as perspectivas de crescimento. Lagarde, por exemplo, alertou que a economia mundial está passando por “choques” que serão “um freio para o PIB”.

Ecoando seu sentimento, Klaas Knot, presidente do Banco da Holanda, disse que “a incerteza criada pela imprevisibilidade das ações tarifárias do governo dos EUA funciona como um forte fator negativo para o crescimento.”

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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.

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