Índia assina contrato com a França para compra de 26 caças Rafale
Publicado 28/04/2025 • 12:18 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 28/04/2025 • 12:18 | Atualizado há 7 horas
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Tim Felce (Airwolfhound) - Rafale - RIAT 2009 via Wikimedia
A Índia assinou um contrato para a aquisição de 26 caças Rafale da França, informou o Ministério da Defesa de Nova Déli nesta segunda-feira (28). O acordo, que envolve bilhões de dólares, incluirá tanto aviões de assento único quanto de dois assentos.
Quando entregues, os caças se somarão aos 36 Rafale fabricados na França que já foram adquiridos por Nova Déli como parte dos esforços do país para modernizar rapidamente seus equipamentos militares.
“O governo da Índia e o governo da França assinaram um acordo intergovernamental para a aquisição de 26 aeronaves Rafale”, disse o Ministério da Defesa em um comunicado.
Os caças, fabricados pela empresa aeroespacial francesa Dassault Aviation, devem operar a partir de porta-aviões fabricados na Índia, substituindo os caças MiG-29K russos.
“O contrato inclui treinamento, simuladores, equipamentos associados, armamentos e logística baseada em desempenho”, além de 22 caças de assento único e quatro de dois assentos, informou o Ministério da Defesa da Índia.
“Também inclui equipamentos adicionais para a frota existente de Rafale da Força Aérea da Índia (IAF).”
O governo indiano anunciou sua intenção de adquirir 26 Rafales em 2023, quando o primeiro-ministro Narendra Modi visitou a França para as celebrações do Dia da Bastilha.
Apesar dos laços históricos com a Rússia, que tem sido o principal fornecedor de equipamentos militares para a Índia, o país diversificou suas compras nos últimos anos, com aquisições significativas também da França, Estados Unidos e Israel.
A Dassault afirmou que os caças proporcionarão à Índia “capacidades de ponta” e um “papel ativo na garantia da soberania nacional e na consolidação do papel da Índia como um grande ator internacional”.
A marinha da Índia é a primeira usuária, fora da França, do caça Rafale Marine, afirmou a empresa.
O acordo fechado na segunda-feira ocorre em meio ao deterioramento das relações da Índia com seu arquirrival, o Paquistão.
Nova Déli acusou o Paquistão de apoiar o ataque mais mortal a civis na Caxemira administrada pela Índia desde 2000, acusações que Islamabad nega.
Os dois países trocaram disparos, insultos diplomáticos, expulsaram cidadãos um do outro e fecharam a fronteira desde o ataque de 22 de abril, no qual 26 homens foram mortos.
Analistas afirmam que há um sério risco de que a crise se transforme em uma escalada militar.
O contrato anterior para 36 aeronaves Rafale, acordado em 2016, tinha o valor de cerca de US$ 9,4 bilhões.
Muitos fornecedores globais de armamentos veem o país mais populoso do mundo — e a quinta maior economia — como um mercado-chave.
A Índia se tornou o maior importador de armamentos do mundo, com compras que aumentaram de forma constante, representando quase 10% de todas as importações globais entre 2019 e 2023, segundo o Instituto Internacional de Pesquisa para a Paz de Estocolmo (SIPRI).
A Índia também acompanha com preocupação seu vizinho ao norte, a China, especialmente desde o violento confronto entre suas tropas em 2020.
Isso desencadeou uma série de reformas de defesa no país, com um impulso para novos contratos com fornecedores estrangeiros e leis simplificadas para incentivar a fabricação doméstica e a coprodução de hardware militar crítico.
Nesta década, a Índia inaugurou uma nova fábrica de helicópteros de grande escala, lançou seu primeiro porta-aviões de fabricação nacional e realizou com sucesso um teste de míssil hipersônico de longo alcance.
Isso, por sua vez, fomentou um crescente mercado de exportação de armamentos, que viu vendas de US$ 2,63 bilhões no ano passado — ainda um valor pequeno em comparação com os grandes players, mas um aumento de 30 vezes em uma década.
A Índia aprofundou a cooperação em defesa com países ocidentais nos últimos anos, incluindo a aliança Quad com os Estados Unidos, Japão e Austrália.
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