China insiste que não há negociações de tarifas em andamento, apesar das alegações dos EUA
Publicado 28/04/2025 • 16:53 | Atualizado há 9 horas
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Publicado 28/04/2025 • 16:53 | Atualizado há 9 horas
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Presidente Trump durante solenidade do Mês da História das Mulheres nos EUA.
RS/Fotos Públicas
Nesta segunda-feira (28), a China negou mais uma vez que esteja em negociações para resolver sua guerra tarifária com os Estados Unidos, após uma série de declarações do presidente Donald Trump e seus assessores sugerindo que negociações comerciais estavam em andamento.
“Deixem-me esclarecer mais uma vez que a China e os EUA não estão envolvidos em nenhuma consulta ou negociação sobre tarifas”, disse o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Guo Jiakun, em uma coletiva de imprensa.
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Guo também pareceu rejeitar a alegação de Trump, em entrevista à TIME na semana passada, de que o presidente chinês Xi Jinping havia ligado para ele.
“Até onde eu sei, não houve nenhuma ligação telefônica entre os dois presidentes recentemente”, disse o porta-voz.
A última negação generalizada estava em linha com a postura linha-dura de Pequim contra as tarifas massivas de 145% de Trump sobre as importações da China, um dos principais fornecedores de produtos americanos.
Funcionários do governo Trump, incluindo o secretário do Tesouro, Scott Bessent, insistem que os EUA estão melhor posicionados para vencer uma guerra comercial do que a China.
Mas empresários e analistas americanos estão alertando que o embargo comercial efetivo com a China pode em breve resultar em grandes consequências econômicas, incluindo preços mais altos, escassez de produtos e fechamento de lojas.
Diante desse cenário — e da recente afirmação de Trump de que seu governo concluirá a elaboração de novos acordos comerciais com diversos países em apenas três ou quatro semanas — algumas autoridades americanas expressaram maior abertura para um diálogo com Pequim.
“Conversamos com a China todos os dias”, disse a Secretária de Agricultura de Trump, Brooke Rollins, no domingo, à CNN.
Quando informada de que os chineses negam isso, Rollins disse: “Bem, de acordo com nossa equipe em Washington, as conversas sobre múltiplos de comércio, múltiplos de bens comerciais que estão entrando e saindo, estão em andamento.”
“A questão fundamental com a China é esta: eles precisam mais de nós do que nós precisamos deles”, disse ela.
Questionada no domingo sobre o motivo pelo qual a China negaria que as negociações estejam em andamento, Bessent respondeu: “Bem, acho que eles estão se dirigindo a um público diferente.”
Pressionado a explicar se as negociações estão realmente acontecendo, ele disse: “Temos um processo em andamento. E, novamente, eu simplesmente acredito que essas tarifas chinesas são insustentáveis.”
Bessent previu na semana passada que uma “desescalada” com a China ocorreria em um “futuro muito próximo”.
Na manhã desta segunda-feira (28), ele mencionou essa possível distensão para ajudar a explicar por que ainda não estava preocupado com a possibilidade de os consumidores americanos enfrentarem prateleiras vazias em breve.
“No momento, não”, disse Bessent à Fox News, quando questionado se estava preocupado com “prateleiras vazias”.
“Temos alguns ótimos varejistas. Presumo que eles tenham feito pré-encomendas. Acho que veremos algumas elasticidades e substituições, e então veremos a rapidez com que os chineses querem reduzir a tensão”, disse Bessent.
Em outra entrevista na manhã de segunda-feira (28) no programa “Squawk Box”, da CNBC, Bessent atribuiu a responsabilidade por essa redução à China, antes de afirmar que não negociaria por meio da imprensa.
A China tem exigido consistentemente que Trump, que defendeu as tarifas como uma poderosa ferramenta de negociação e uma forma de arrecadar receita governamental, elimine seus abrangentes impostos de importação.
“Se os EUA realmente querem resolver o problema… deveriam cancelar todas as medidas unilaterais contra a China”, disse um porta-voz do Ministério do Comércio chinês na semana passada.
Essa declaração, traduzida do mandarim pela CNBC, foi uma resposta à afirmação de Trump na quinta-feira passada de que autoridades americanas e chinesas “tiveram uma reunião esta manhã”.
“Temos nos reunido com a China”, disse Trump a repórteres, sem especificar quem se encontraria com quem.
Um dia antes, Trump disse que autoridades americanas estavam conversando “ativamente” com a China.
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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