Tarifas de Trump e restrições à exportação para a China lançam dúvidas sobre as principais ações de chips
Publicado 07/05/2025 • 12:03 | Atualizado há 22 horas
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Foto Da Placa De Circuito Verde
Pixabay
Incerteza — esse foi o tema durante a temporada de balanços das maiores empresas de semicondutores do mundo, que não têm clareza sobre a demanda por seus produtos devido às mudanças na política tarifária dos EUA e às restrições à exportação impostas à China.
As tarifas “recíprocas” do presidente dos EUA, Donald Trump, entraram em vigor em abril, embora tenham sido suspensas logo depois. A Casa Branca também isentou certos produtos de tecnologia, como smartphones e chips. No entanto, os EUA estão investigando importações de tecnologia de semicondutores que podem estar sujeitas a novas tarifas.
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CEO da Nvidia diz que ficar de fora do mercado de IA da China seria uma “perda tremenda”
Enquanto isso, Washington adicionou no mês passado mais produtos semicondutores da Nvidia e da AMD a uma lista de itens com exportação restrita para a China, dando continuidade às restrições da era Biden.
A mudança nas tarifas e na política para a China causou consternação entre os executivos das maiores empresas de chips do mundo, com impactos visíveis em seus negócios.
Na terça-feira (06), a AMD anunciou que espera uma perda de US$ 1,5 bilhão em receita até o final do seu ano fiscal, como resultado das restrições à exportação de chips de IA para a China, apesar de ter superado as estimativas de lucro para o primeiro trimestre.
A Super Micro divulgou projeções decepcionantes na terça-feira (06), citando incertezas tarifárias e macroeconômicas. A empresa afirmou que não forneceria projeções para o ano fiscal de 2026 até que a “visibilidade” se tornasse mais clara. As ações caíram 4% no pré-mercado.
E a Marvell anunciou na terça-feira (06) que está adiando seu dia do investidor, previamente agendado, de 10 de junho, para uma “data futura no calendário de 2026”. As ações da empresa caíram 4,4% no pré-mercado.
“Decidimos adiar nosso dia do investidor devido ao atual ambiente macroeconômico incerto”, disse Matt Murphy, CEO da Marvell, em um comunicado.
As ações de semicondutores têm estado sob pressão este ano em meio à crescente incerteza macroeconômica e às políticas comerciais dos EUA. Há também preocupação com a demanda por produtos de IA, mesmo com gigantes da tecnologia como Microsoft e Amazon continuando a investir bilhões de dólares na construção de data centers.
O ETF VanEck Semiconductor, uma cesta de ações de chips, caiu quase 12% este ano.
E não são apenas as empresas americanas que estão sentindo a pressão. A Samsung afirmou no mês passado que “a volatilidade da demanda deverá ser bastante alta” como resultado das mudanças na política tarifária e da incerteza macroeconômica.
“Devido às rápidas mudanças nas políticas e às tensões geopolíticas entre os principais países, é difícil prever com precisão o impacto comercial das tarifas e contramedidas”, disse um executivo da Samsung na teleconferência de resultados.
“Há muitas incertezas pela frente.”
A Samsung é uma das maiores fabricantes de chips de memória do mundo.
“O setor de semicondutores está lidando com uma combinação complexa de sinais de demanda e turbulências geopolíticas”, disse Ben Barringer, analista global de tecnologia da Quilter Cheviot, à CNBC por e-mail.
Barnger afirmou que a decisão da Marvell de adiar seu dia do investidor “adiciona uma camada de incerteza em um momento em que a clareza é escassa”, enquanto a perspectiva fraca da Super Micro também “causou surpresa”.
“Com a incerteza macroeconômica e as restrições à exportação ainda pairando, o caminho à frente para os fabricantes de chips continua acidentado, mesmo com a demanda subjacente se mantendo em certas áreas”, acrescentou Barringer.
A indústria de chips dos EUA tem buscado mostrar que é líder em tecnologia em comparação com a China e que deveria ter permissão para vender mais produtos lá.
O CEO da Nvidia, Jensen Huang, disse à CNBC na terça-feira que a China provavelmente se tornará um mercado de inteligência artificial de US$ 50 bilhões em dois ou três anos.
“Seria uma perda tremenda não poder lidar com isso como uma empresa americana. Isso vai trazer de volta as receitas, vai trazer de volta os impostos, vai criar muitos empregos aqui nos Estados Unidos”, disse Huang.
Nos últimos anos, Washington, sob os governos de Biden e Trump, tem buscado usar restrições à exportação para restringir o acesso da China à tecnologia americana em áreas como IA e semicondutores. Isso levou empresas chinesas a intensificar o foco em tecnologia nacional, com empresas como a Huawei buscando criar produtos viáveis que concorram a empresas como a Nvidia.
Empresas chinesas como DeepSeek e Alibaba também conseguiram lançar modelos de IA de alto desempenho.
Huang, da Nvidia, disse que há concorrência em IA atualmente, mas que as empresas americanas devem ser capazes de competir com a China.
“Os Estados Unidos precisam reconhecer que não somos o único país nessa corrida, que temos concorrentes. Somos pessoas confiantes, somos um país confiante, temos empresas confiantes, não temos medo de uma corrida. Estamos ansiosos por uma corrida. Deixe-nos correr”, disse Huang à CNBC.
“E então, eu acho que agora é o momento em que os Estados Unidos precisam perceber que precisamos pisar fundo no acelerador… temos que ir em frente. Ficar esperando, falando sobre isso, tentando segurar as pessoas não é necessariamente a melhor jogada. A melhor jogada é deixar os americanos fazerem o que são, deixar que a gente vá atrás e vença.”
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Este conteúdo foi fornecido pela CNBC Internacional e a responsabilidade exclusiva pela tradução para o português é do Times Brasil.
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