O Ibovespa futuro opera em leve alta na manhã desta sexta-feira (9) refletindo os dados da inflação oficial do Brasil e o otimismo com o cenário internacional, em especial com as negociações comerciais entre Estados Unidos e China previstas para o fim de semana.
O Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) subiu 0,43% em abril, mostrando desaceleração em relação ao mês anterior, quando registrou alta de 0,56%.
No acumulado em 12 meses até abril, o indicador avançou 5,53%. Os números vieram praticamente em linha com as projeções do mercado, que esperava alta de 0,44% no mês e de 5,54% no acumulado, segundo o Termômetro Safras.
Às 12h23 (horário de Brasília), o Ibovespa futuro com vencimento em junho subia 0,12%, aos 138,40 pontos. Nos mercados internacionais, os índices futuros em Nova York e as bolsas europeias operavam em alta, enquanto os mercados asiáticos encerraram o pregão de forma mista.
Segundo Filipe Villegas, estrategista da Genial Investimentos, o foco do mercado está dividido entre a inflação doméstica e o noticiário externo.
“O IPCA veio dentro das expectativas — esperávamos alta de 0,42% em abril e 5,52% em 12 meses, com pressão vinda de alimentos e medicamentos. É importante acompanhar a inflação para avaliar se o Banco Central terá margem para manter a Selic em 14,75%, como projeta boa parte do mercado”, disse Villegas em boletim matinal.
De acordo com ele, há atenção redobrada às conversas entre EUA e China. “O mercado aguarda as negociações do fim de semana, após o recente acordo com o Reino Unido, em um ambiente em que Trump tem adotado tom mais conciliador. Segundo a Bloomberg, sua equipe avalia reduzir tarifas para até 60% e pressiona por menos restrições chinesas à exportação de terras raras”, explicou.
Villegas também destacou que a véspera foi marcada pela máxima histórica intradiária do Ibovespa, que chegou a 137.600 pontos, impulsionado por uma rotação de ativos em patamares considerados atrativos.
“A temporada de balanços também tem sido construtiva, com destaque positivo para empresas como Itaú, Sanepar, Assaí e Copel. Ontem, tivemos uma bateria de resultados, com números em linha para CSN e B3, e abaixo do esperado para Suzano e Magalu”, completou.
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