China critica o “bullying” dos EUA, enquanto saúda líderes latino-americanos
Publicado 13/05/2025 • 14:25 | Atualizado há 7 horas
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Publicado 13/05/2025 • 14:25 | Atualizado há 7 horas
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13.05.2025 - Presidente da China, XI Jinping, na Sessão de abertura do IV Fórum CELAC-China, em Pequim.
Foto: Ricardo Stuckert / PR / Flickr
A China fez críticas veladas aos Estados Unidos e se apresentou como defensora da ordem multilateral nesta terça-feira (13), buscando aprofundar os laços com líderes latino-americanos e caribenhos em uma cúpula em Pequim.
Prometendo bilhões em crédito para o desenvolvimento e maior cooperação, o presidente Xi Jinping disse ao Fórum China-CELAC — sem citar os Estados Unidos — que “intimidação e hegemonia só levarão ao autoisolamento”.
A América Latina emergiu como um campo de batalha crucial no confronto do presidente americano Donald Trump com a China, e a região está sob pressão de Washington para escolher um lado.
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Dois terços dos países aderiram à iniciativa de infraestrutura Cinturão e Rota (BRI) de Pequim, e a China ultrapassou os EUA como o maior parceiro comercial do Brasil, Peru, Chile e outros.
Um dia depois de Washington e Pequim terem amenizado a guerra comercial que grassa desde que Trump assumiu o cargo, reduzindo drasticamente as tarifas mútuas por 90 dias, Xi apresentou Pequim como defensora da paz e da estabilidade.
“Não há vencedores em guerras tarifárias ou comerciais”, disse Xi.
“Somente por meio da unidade e da cooperação, os países podem salvaguardar a paz e a estabilidade globais e promover o desenvolvimento e a prosperidade em todo o mundo”, afirmou.
O líder chinês prometeu US$ 9,2 bilhões em empréstimos para o “desenvolvimento”, parte de um amplo conjunto de iniciativas que visam aprofundar a cooperação, incluindo infraestrutura e energia limpa.
Pequim também cooperará no combate ao terrorismo e ao crime organizado transnacional, disse Xi, além de aprimorar intercâmbios como bolsas de estudo e programas de treinamento.
No acordo anunciado em Genebra na segunda-feira (12), os Estados Unidos concordaram em reduzir suas tarifas sobre produtos chineses para 30%, enquanto a China reduzirá as suas para 10%.
O acordo marcou uma importante distensão entre as duas maiores economias do mundo, que abalou os mercados globais.
Mas as tensões permanecem; uma taxa de 20% sobre as reclamações de Trump sobre as exportações chinesas de produtos químicos usados na fabricação de fentanil — um opioide que matou milhares de americanos — continua em vigor.
O Ministério das Relações Exteriores de Pequim exigiu na terça-feira (13) que os EUA “parem de difamar e transferir a culpa” pela crise dos opioides.
Sem citar os Estados Unidos, o principal diplomata de Xi deixou claro o descontentamento de Pequim com Washington.
Falando ao lado de colegas latino-americanos, Wang Yi condenou uma “grande potência” “obcecada com a ideia de que a força faz a justiça”.
Ele instou as nações latino-americanas a “darem as mãos” à China para defender seus direitos contra um país que está “usando tarifas como arma para intimidar outros países”.
Mais tarde, Wang chamou a reunião de “grande sucesso” em uma coletiva de imprensa e acrescentou que o “mercado superdimensionado de dois bilhões de pessoas” combinado entre a China e a América Latina forneceria novos motores de crescimento para ambos os lados.
Entre os participantes notáveis do fórum estava o presidente brasileiro Luiz Inácio Lula da Silva, que chegou a Pequim no sábado para uma visita de Estado de cinco dias.
Dirigindo-se aos delegados, Lula disse que sua região não “queria repetir a história e iniciar uma nova Guerra Fria”.
“Nosso objetivo é ser um trunfo para a ordem multilateral em prol de um bem global e ser devidamente representado”, explicou.
Em conversas com seu homólogo brasileiro na terça-feira (13), Xi afirmou que ambos os países deveriam “fortalecer a cooperação” e, juntos, “se opor ao unilateralismo”, segundo um comunicado da mídia estatal chinesa.
Os dois países emitiram uma declaração conjunta afirmando que “saúdam a proposta do presidente russo, Vladimir Putin, de iniciar negociações de paz” com a Ucrânia, chamando o diálogo direto de “a única maneira de encerrar o conflito”, informou a agência de notícias estatal chinesa Xinhua.
Também esteve presente no fórum o presidente colombiano, Gustavo Petro, que defendeu um “diálogo entre civilizações” que considerasse os interesses da região.
Petro afirmou que pretende assinar um acordo para aderir à BRI (Iniciativa Cinturão e Rota) de Pequim, avaliada em trilhões de dólares, durante sua visita.
O presidente chileno, Gabriel Boric, também afirmou no fórum que seu país daria um “salto nas relações econômicas com a China”.
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