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“Setor infantil nos EUA depende de 90% a 95% da China”, diz CEO da MacroBaby

Publicado 16/05/2025 • 18:11 | Atualizado há 12 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A guerra comercial entre Estados Unidos e China segue influenciando as estratégias de empresas americanas. No setor de produtos para bebês, a dependência da cadeia asiática de produção impôs desafios para o planejamento de médio e longo prazo.
  • O empresário brasileiro Richard Harary, CEO da MacroBaby, detalhou as ações adotadas pela companhia durante a trégua de 90 dias nas tarifas recíprocas.

A guerra comercial entre Estados Unidos e China segue influenciando as estratégias de empresas americanas. No setor de produtos para bebês, a dependência da cadeia asiática de produção impôs desafios para o planejamento de médio e longo prazo.

O empresário brasileiro Richard Harary, CEO da MacroBaby, detalhou as ações adotadas pela companhia durante a trégua de 90 dias nas tarifas recíprocas.

“Posso dizer que, em grande maioria, 90% a 95% da cadeia de produtos, não só da nossa empresa, mas de vários segmentos, vêm da China ou de outros países da Ásia”, afirmou Harary, em entrevista ao jornal Money Times Brasil, do Times Brasil – Licenciado Exclusivo CNBC.

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Contêineres parados e lobby em Washington

Diante da instabilidade, a MacroBaby suspendeu o envio de contêineres para os Estados Unidos. Segundo Harary, o cenário era incerto, e a empresa não podia arriscar arcar com tarifas elevadas no desembarque. “A gente sabia que não podia ficar daquele jeito. Começamos a segurar todos os nossos contêineres devido a essa incerteza”, relatou.

Paralelamente, a companhia participou de ações de lobby na capital americana para sensibilizar autoridades sobre os efeitos das tarifas no setor infantil. Harary explicou que as tarifas variavam conforme a categoria de produtos, com carrinhos de bebê, por exemplo, passando de 5% para 30%.

Estratégia para evitar repasse ao consumidor

A MacroBaby optou por absorver o aumento das tarifas em suas marcas próprias. Segundo o CEO, produtos com maior margem de lucro permitiram essa decisão. “Produtos com alta margem, talvez o cliente final nem perceba. Já os de baixa margem, aí sim o consumidor nota a diferença”, pontuou.

Harary também destacou que as tarifas incidem sobre o preço de custo, e não sobre o preço final de venda, o que ameniza o impacto direto para o consumidor. Além disso, não há tarifa sobre o frete, outro fator que influencia a precificação.

Comportamento de compra e perfil do público

Durante o período de incerteza, a empresa percebeu uma antecipação de compras por parte dos consumidores locais. Segundo Harary, havia receio de aumento de preços. “Houve um aumento muito grande no consumo nessas semanas devido ao medo”, disse.

A MacroBaby atende tanto o público residente nos Estados Unidos quanto brasileiros que viajam para montar enxovais. De acordo com o executivo, os clientes brasileiros representam de 30% a 40% das vendas da empresa.

Produção nacional inviável

Questionado sobre a possibilidade de fabricar nos Estados Unidos, Harary foi direto. “É inviável, devido ao custo da mão de obra. Não existe uma grande taxa de desemprego e a matéria-prima precisaria ser importada”, explicou. Ele lembrou que itens como rodas, estruturas e tecidos para carrinhos de bebê não são produzidos no mercado americano, o que manteria a dependência de fornecedores internacionais.

Negociações com fornecedores chineses

Para reduzir o impacto financeiro das tarifas, a MacroBaby intensificou negociações com suas cerca de 150 fábricas parceiras na China. O objetivo é obter preços mais competitivos, tanto para o mercado americano quanto para o brasileiro. Harary informou que, até o momento, a empresa não repassou o aumento de custos para os clientes de nenhum dos dois mercados.

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