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Brasil

Desde dezembro, o preço dos ovos subiu 43% em São Paulo; cesta básica tem alta em abril, apontam Procon e Dieese

Publicado 20/05/2025 • 13:18 | Atualizado há 12 horas

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • A dúzia de ovos, entre dezembro de 2024 e abril de 2025, acumulou aumento de 43,6%, passando de R$ 10,02 para R$ 14,39,
  • Entre os itens que mais contribuíram para a elevação estão a batata, com alta de 16,58% (de R$ 6,09 para R$ 7,10 o quilo), e o café em pó, que subiu 7,69% (de R$ 25,87 para R$ 27,86 o pacote de 500g).
  • A batata foi impactada pela entressafra e pelas altas temperaturas, que reduziram a oferta e afetaram a qualidade do tubérculo.

O maior reajuste, entre os itens da cesta básica no primeiro quadrimestre, foi o do ovo

Pixabay

O preço do ovo continua sua trajetória de aumentos e incomoda o bolso do consumidor paulistano. 

Segundo um estudo do Procon-SP em parceria com o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), entre dezembro de 2024 e abril de 2025, a dúzia de ovos brancos acumulou aumento de 43,6% — passando em média de R$ 10,02 para R$ 14,39. Este é o maior reajuste entre os itens da cesta básica no primeiro quadrimestre.

Leia também: Paraná destrói mais de 10 milhões de ovos para proteger status sanitário contra gripe aviária

Além disso, a cesta básica na cidade de São Paulo também registrou alta de 0,31% em abril de 2025. O custo médio dos produtos passou de R$ 1.365,51, em 31 de março, para R$ 1.369,81 no final de abril. O grupo Alimentação foi o principal responsável pela alta, com variação de 0,15%.

Entre os itens que mais contribuíram para a elevação estão a batata, com alta de 16,58% (de R$ 6,09 para R$ 7,10 o quilo), e o café em pó, que subiu 7,69% (de R$ 25,87 para R$ 27,86 o pacote de 500g).

A batata foi impactada pela entressafra e pelas altas temperaturas, que reduziram a oferta e afetaram a qualidade do tubérculo.

Já o café seguiu com o preço pressionado pela maturação irregular dos grãos e pela incerteza sobre a qualidade da nova safra.

O grupo Limpeza apresentou variação de 2,72%, puxado principalmente pelo sabão em pó (4,48%) e pela água sanitária (3,55%).

No grupo Higiene Pessoal, a alta foi de 0,48%, com destaque para o desodorante spray (6,44%) e o creme dental (2,79%).

Apesar disso, apresentou em abril a primeira queda após meses consecutivos de alta, com recuo de 5,2% em relação a março (de R$ 15,18 para R$ 14,39), segundo a pesquisa contínua do Procon-SP em convênio com o Dieese.

Entre os itens com maiores quedas no mês, destacam-se:

  • Arroz (5 kg): -5,70%
  • Ovos brancos (dúzia): -5,20%
  • Óleo de soja (900 ml): -3,34%
  • Biscoito água e sal (200 g): -3,28%
  • Papel higiênico fino branco (4 unidades): -2,70%

No acumulado de 12 meses, entre abril de 2024 e abril de 2025, a cesta básica subiu 10,71%, com o grupo Alimentação exercendo maior impacto.

Os produtos com os maiores aumentos no período foram:

  • Café em pó (500 g): +88,12%
  • Óleo de soja (900 ml): +29,30%
  • Carne de segunda sem osso (kg): +28,76%

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