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Brasil

Corte de gastos precisa atingir educação, saúde e Previdência, diz Sérgio Vale

Publicado 25/11/2024 • 21:36

Redação Times Brasil

KEY POINTS

  • Entre os principais desafios estão a necessidade de um ajuste estrutural mais profundo em despesas obrigatórias, como educação, saúde e Previdência.
  • Especialista afirma que medidas como a vinculação do crescimento do salário mínimo ao arcabouço fiscal e a revisão de benefícios sociais são essenciais, mas politicamente difíceis de implementar.
  • Déficit da Previdência, atualmente na casa dos R$ 300 bilhões, pode mais que dobrar nas próximas décadas se reformas não forem feitas.

O economista Sérgio Vale, em entrevista ao Jornal Times Brasil, apontou os elementos que considera essenciais para o sucesso de um pacote fiscal no Brasil. Entre os principais desafios estão a necessidade de um ajuste estrutural mais profundo em despesas obrigatórias, como educação, saúde e Previdência.

Segundo ele, medidas como a vinculação do crescimento do salário mínimo ao arcabouço fiscal e a revisão de benefícios sociais são essenciais, mas politicamente difíceis de implementar em um governo de esquerda no meio do mandato.

Vale destacou que o déficit da Previdência, atualmente na casa dos R$ 300 bilhões, pode mais que dobrar nas próximas décadas se reformas não forem feitas. “Estamos mais do que atrasados nessa discussão”, afirmou.

Ele também defendeu a inclusão de despesas como as do Fundeb nos limites constitucionais, o que permitiria um melhor controle dos gastos. Contudo, ressaltou que mudanças estruturais devem ocorrer no início de mandatos, quando há maior capital político.

Apesar das limitações políticas, Vale vê com otimismo a inclusão do tema na agenda. Ele acredita que o governo deve apresentar medidas pontuais, como a intensificação da auditoria contra fraudes e ajustes marginais, como conter o ritmo de reajustes do salário mínimo.

No entanto, alertou que essas ações são insuficientes para conter o crescimento da dívida pública, que requer superávits primários de pelo menos 2,5% a 3% do PIB, um objetivo ainda distante.

“Estamos dando um primeiro passo, mas há um longo caminho a ser percorrido para alcançar sustentabilidade fiscal”, concluiu.

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