Gestora de Camila Farani investe na SpaceX, de Elon Musk
Publicado
21/05/2025 • 16:30
| Atualizado há 10 horas
Juliana Colombo, do Times Brasil
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KEY POINTS
O que chamou atenção na Space X foi a consistência. "Eles não estão só prometendo o futuro", diz sócio de Farani
As cifras do investimento não foram reveladas – a Space X tem capital fechado–, mas foi feita pela Staged Ventures, firma de investimento com sede em Miami.
O foco da Staged é a internacionalização de startups brasileiras, com investimentos que podem chegar a até US$ 50 milhões, com tickets de US$ 1,5 milhão a US$ 10 milhões por empresa.
A mais nova sócia de Elon Musk chama-se Camila Farani. Apresentadora e uma das notáveis do Times Brasil, licenciado exclusivo CNBC, ela e seus dois sócios na Geraldo Neto e Flavio Pripas, anunciaram exclusivamente esse novo investimento na Space X, empresa espacial de Musk.
As cifras do investimento não foram reveladas – a Space X tem capital fechado –, mas foi feita pela Staged Ventures, firma de investimento com sede em Miami, fundada em 2022 por Pripas (ex-head do Cubo e investidor pela Redpoint ventures), Geraldo Neto (Gávea Angels e do GAA Investments), além de Camila, CEO da G2 Capital.
O foco da Staged é a internacionalização de startups brasileiras, com investimentos que podem chegar a até US$ 50 milhões, com tickets de US$ 1,5 milhão a US$ 10 milhões por empresa.
Desta vez, o aporte foi direto em uma empresa internacional. “A gente tem muito relacionamento no mercado norte-americano, e acabamos ficando sabendo de oportunidades em big techs”, conta Camila.
“O que realmente chamou nossa atenção na Space X foi a consistência. Eles não estão só prometendo o futuro — eles estão construindo e entregando. E isso é o tipo de coisa que a gente, como investidor, quer estar junto”, afirma Geraldo.
Status X
A Space X não é exatamente uma big tech – é considerada, inclusive, ainda uma startup, mas sem dúvida entra no pipeline da Staged para uma estratégia híbrida. O último valuation da empresa de Musk, feito pelo Morgan Stanley em dezembro de 2024, tornou a startup a mais valiosa do mundo — US$ 350 bilhões.
Os analistas do setor fizeram estimativas sobre seu crescimento de receita e lucros. Por exemplo, os modelos do Morgan Stanley indicam que uma avaliação desse porte implicaria um índice preço/vendas de 23,6 e um índice preço/lucro de 308 para 2024. Com a trajetória de rápido crescimento da SpaceX, espera-se que esses índices caiam, com o preço/vendas projetado para 5,2 e o preço/lucro para 24 até 2030.
“A possibilidade de perder dinheiro aqui [na Space X] é nula, diz Camila. “Eu faço a análise de trás para frente, será que isso me dá um múltiplo acima de 6, 7?”, diz.
Os sócios da Staged Ventures: Geraldo Neto, Camila Farani e Flavio Pripas/Divulgação
Recentemente, o foguete Super Heavy fez história ao conseguir retornar e pousar na plataforma de lançamento após a decolagem da Starship. A manobra parecia uma “marcha à ré” e ganhou evidência mundial. Um dos principais concorrentes da SpaceX é a Blue Origin, de Jeff Bezos, dono da Amazon.
Além do processo de internacionalização, como o investimento é fora, o capital é dolarizado, enfatiza Camila. Ao longo desses dois anos e meio, a Staged já investiu mais de US$ 30 milhões, cerca de R$ 180 milhões.
Planos de ir para o espaço? Bem, Camila tem os pés no chão e prefere seguir buscando novas oportunidades de investimento, e aí, o céu é o limite.
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