Saiba os principais pontos de discórdia nas negociações nucleares entre os EUA e Irã
Publicado 24/05/2025 • 16:51 | Atualizado há 11 horas
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Publicado 24/05/2025 • 16:51 | Atualizado há 11 horas
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Os antigos adversários Irã e Estados Unidos realizaram uma quinta rodada de negociações nucleares mediadas por Omã na sexta-feira (23) em Roma, mas sem relatos de avanços significativos.
No entanto, ambos os lados descreveram a reunião como construtiva e expressaram disposição para continuar as discussões.
Aqui estão alguns dos principais obstáculos vistos como impedimentos ao progresso:
O enriquecimento de urânio pelo Irã continua sendo o principal ponto de discórdia.
Os Estados Unidos e países ocidentais suspeitam que o Irã busca adquirir armas nucleares, mas o Irã nega ter tais ambições.
O Irã insiste que seu programa nuclear é exclusivamente para fins civis pacíficos.
Autoridades americanas, incluindo o enviado ao Oriente Médio Steve Witkoff, que liderou a delegação de Washington nas negociações, têm se manifestado contra o programa de enriquecimento do Irã.
Witkoff afirmou antes das negociações que Washington “não pode permitir nem mesmo um por cento da capacidade de enriquecimento” para o Irã.
Teerã chamou seu enriquecimento de “inegociável”, alegando que tal demanda impede um acordo.
“Zero armas nucleares = temos um acordo. Zero enriquecimento = não temos um acordo”, postou no X o principal negociador e ministro das Relações Exteriores do Irã, Abbas Araghchi.
Especialistas dizem que a quinta rodada de negociações viu uma colisão de linhas vermelhas.
“Esta rodada foi excepcionalmente sensível, marcada pela colisão de linhas vermelhas públicas aparentemente irreconciliáveis sobre o enriquecimento de urânio”, disse Sina Toossi, do Centro de Política Internacional, à AFP.
O Irã permanece o único estado não nuclear enriquecendo urânio a 60 por cento, bem acima do limite de 3,67 por cento estabelecido em seu acordo de 2015 com as potências ocidentais, mas abaixo dos 90 por cento necessários para material de grau militar.
O acordo de 2015 foi prejudicado em 2018 durante o primeiro mandato do presidente Donald Trump, quando ele retirou unilateralmente os Estados Unidos do acordo.
O Irã quer que as negociações permaneçam estritamente focadas em seu programa nuclear e no levantamento das sanções dos EUA, uma posição que mantém desde 12 de abril, quando a primeira rodada foi realizada em Omã.
Teerã criticou o que chama de exigências “irracionais” de Washington e sinais inconsistentes de autoridades americanas.
Araghchi alertou que tais “posições contraditórias”, se persistirem, “complicarão as negociações”.
Antes do início das negociações, alguns analistas sugeriram que os Estados Unidos poderiam buscar um acordo mais amplo que também abordasse o programa de mísseis balísticos do Irã.
Eles acreditavam que as negociações poderiam tocar no apoio de Teerã ao “eixo de resistência”, a rede de grupos armados anti-Israel que inclui o Hezbollah no Líbano, o Hamas em Gaza e os rebeldes Huthis no Iêmen.
Em 27 de abril, o primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu instou Washington a bloquear não apenas o enriquecimento de urânio do Irã, mas também seu desenvolvimento de mísseis em qualquer possível acordo.
O Irã se opõe a questões não nucleares sendo discutidas nas negociações, citando seus direitos soberanos e necessidades de defesa.
Mesmo com a diplomacia em andamento, os Estados Unidos impuseram novas sanções ao Irã.
Teerã denuncia o que chama de “abordagem hostil” de Washington, observando que novas sanções foram impostas pouco antes das negociações ocorrerem.
Na quarta-feira, Washington sancionou o setor de construção do Irã, citando seus potenciais vínculos com atividades nucleares, militares ou de mísseis.
“Essas sanções … colocam ainda mais em dúvida a disposição e seriedade dos americanos para a diplomacia”, postou no X o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores iraniano, Esmaeil Baqaei.
No final de abril, antes da terceira rodada de negociações, Washington também aplicou sanções ao setor de petróleo e gás do Irã.
As negociações Irã-EUA, seus contatos de mais alto nível desde que Washington saiu do acordo nuclear de 2015, aconteceram depois que Trump escreveu ao líder supremo do Irã, aiatolá Khamenei, em março.
Trump instou Teerã a alcançar um acordo diplomaticamente, mas também advertiu sobre ação militar caso as negociações falhassem.
O Irã emitiu seus próprios avisos.
Na sexta-feira (23), o chefe do Estado-Maior das Forças Armadas, Mohammad Bagheri, alertou que “qualquer passo em falso dos EUA na região terminará como no Vietnã e no Afeganistão”.
Seus comentários vieram após a CNN, citando autoridades dos EUA, ter relatado na terça-feira que Israel estava se preparando para atacar instalações nucleares iranianas.
“Acreditamos que, em caso de qualquer ataque às instalações nucleares da República Islâmica do Irã pelo regime sionista, o governo dos EUA também estará envolvido e terá responsabilidade legal”, disse Araghchi em uma carta às Nações Unidas publicada na quinta-feira.
De acordo com o veículo americano Axios, Witkoff se encontrou com autoridades israelenses pouco antes das negociações de sexta-feira em Roma.
O diário iraniano ultraconservador Kayhan escreveu no sábado que “a coordenação entre Trump e Netanyahu está levando as negociações ao impasse”.
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